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Taxa de mortalidade por câncer no estado de São Paulo caiu 9% na última década

Redução, que foi maior entre os homens, foi observada principalmente em cânceres relacionados ao tabagismo, ao de colo do útero e ao de estômago

Por Da Redação
11 mar 2013, 20h48

Segundo um levantamento feito pela Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo, houve uma redução de 9% na taxa de mortalidade por câncer nos últimos dez anos em todo o estado. Entre os homens, essa queda foi de 10%, maior do que a redução observada entre as mulheres, que foi de 8%. Os cânceres de colo de útero, de estômago e de pulmão foram os que apresentaram maior queda na taxa de mortalidade em São Paulo.

Esses resultados foram obtidos a partir do banco de mortalidade da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que reúne dados das declarações de óbito dos cartórios de registro civil, registros realizados pelos municípios do estado no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e dados do Censos de 2000 e 2010 do IBGE.

De acordo com o levantamento, a taxa de mortalidade por câncer em São Paulo, que era de 104,6 mortes por 100.000 habitantes entre 1999 e 2000, passou a 95,2 por 100.000 habitantes entre os anos de 2009 e 2010. Entre os homens, essa taxa passou de 131,1 para 118,6 mortes por 100.000 no mesmo período; em relação ao sexo feminino, a mortalidade por câncer passou de 84,1 para 77,7 óbitos por 100.000 nos últimos dez anos.

De acordo com o epidemiologista José Eluf Neto, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor-presidente da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), ligada à Secretaria da Saúde, fatores como maior prevenção ou melhora nos tratamentos podem ajudar a explicar parte dessa queda da taxa de mortalidade no estado. Um exemplo disso é a redução da taxa de mortalidade do câncer de colo do útero entre as mulheres, que foi de 32%. “Esse dado está relacionado ao fato de a cobertura do exame Papanicolau, que diagnostica esse câncer, ter aumentado no estado”, disse Eluf Neto ao site de VEJA.

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Menos cigarro – O levantamento também apontou para uma redução na taxa de mortalidade por cânceres associados ao tabagismo, como o de pulmão (16%), laringe (16%), faringe (11%), esôfago (11%) e bexiga (11%). “Isso se deve ao fato de as pessoas estarem fumando menos do que no passado, embora ainda fumem muito. A redução na taxa de mortes por esses cânceres é observada, hoje, especialmente entre os homens, já que eles começaram e pararam de fumar antes do que as mulheres”, afirmou o médico.

Além disso, o estudo mostrou também uma queda na taxa de mortalidade por linfoma não Hodgkin de 19% entre os homens e de 14% entre as mulheres. Para o médico José Eluf Neto, isso se deve a melhorias nos tratamentos destinados a pacientes com essa doença, já que a incidência da condição não parece ter mudado, segundo o epidemiologista.

Porém, nem todos os tipos de câncer que apresentaram uma redução no número de mortes estão relacionados a melhorias na prevenção ou nos tratamentos. O câncer de estômago é um exemplo disso. A doença apresentou, na última década, uma das maiores reduções de mortalidade em São Paulo – as mortes decorrentes da condição caíram 28% entre os homens e 23% entre as mulheres. Mas, de acordo com Eluf Neto, não houve grandes programas de prevenção ou melhoras significativas no tratamento dessa doença. “Especulamos que esse dado seja um reflexo da melhor conservação dos alimentos, que hoje é feita nas geladeiras, e não mais conservados no sal. Essa melhor conservação evita infecções por bactérias associadas a esse tipo de câncer e, além disso, reduzem a ingestão de sal, que também é fator de risco para a doença”, afirmou o médico.

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O levantamento ainda indicou que principais cânceres que levaram homens ao óbito são os de pulmão, de próstata e de estômago. Entre as mulheres, foram os cânceres de mama, de cólon e reto e de pulmão.

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