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‘Síndrome do coração partido’, potencialmente fatal, atinge mais mulheres do que homens, diz estudo

Pesquisa mostrou que as mulheres são sete vezes mais propensas a sofrer de infarto após passar por stress emocional quando comparadas aos homens

Por Da Redação
17 nov 2011, 19h00

As mulheres são as principais vítimas da ‘síndrome do coração partido’, doença que consiste em sintomas de um infarto do miocárdio e que pode ter causas emocionais, como o fim de um relacionamento, a perda de um ente querido ou qualquer situação que resulte em um stress súbito. É o que sugere uma pesquisa realizada nos Estados Unidos apresentada durante o Congresso da Associação Americana do Coração, em Orlando, na Flórida.

Opinião do especialista

Antônio de Pádua Mansur

Cardiologista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp)

“Pessoas que sofrem da ‘síndrome do coração partido’ apresentam sintomas parecidos com infarto do miocárdio, como dor forte no peito, falta de ar e até desmaio. Os exames mostram alterações no ritmo cardíaco e a presença de substâncias que são típicas de um ataque cardíaco. Apesar disso, testes mais detalhados comprovam que não houve obstrução das artérias, como a aterosclerose, causa mais comum para o surgimento do problema.

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Ninguém sabe ao certo por que a síndrome ocorre. Uma hipótese sugere que o organismo da mulher sofre uma descarga maior de adrenalina que o do homem. Outra teoria afirma que os homens podem ter mais receptores de adrenalina nas células do coração do que as mulheres, diminuindo assim os danos pelo excesso da substância.

Sabe-se que o estresse emocional ou físico pode provocar a síndrome do coração partido. Em geral, é preciso aguardar a evolução da doença. A pessoa volta ao normal em, no máximo, dois meses.”

Para a pesquisa, os médicos se basearam em um banco de dados federal, com mais de 1.000 hospitais. No total, foram encontrados 6.229 casos. Depois de eliminar fatores de risco como hipertensão, tabagismo e outros fatores que podem causar problemas cardíacos, os pesquisadores viram que as mulheres eram 7,5 vezes mais propensas a sofrer dessa síndrome quando comparadas aos homens.

O estudo também mostrou que a síndrome é três vezes mais comum em mulheres com mais de 55 anos do que em mulheres mais novas. No entanto, mulheres com menos de 55 anos eram 9,5 vezes mais propensas a ter a síndrome do que os homens com a mesma idade.

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Histórico – A síndrome foi descrita pela primeira vez por médicos japoneses na década de 90. Na ocasião, a doença foi batizada de cardiomiopatia de Takotsubo. O problema costuma aparecer no momento em que há um grande choque. Pode acontecer até com uma emoção positiva, como ganhar na loteria, por exemplo.

Ao receber uma notícia impactante, as pessoas sofrem com uma descarga de adrenalina e outros hormônios do stress, que sobrecarregam o coração e atrapalham o funcionamento. Na maioria dos casos, as vítimas conseguem se recuperar rapidamente. Mas em 1% dos casos a síndrome do coração partido pode ser fatal, sugere o estudo. Além disso, 10% das vítimas podem sofrer com o problema novamente.

O estudo foi realizado por Abhishek Deshmukh, da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos.

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