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Rins lesionados podem ser usados em transplantes, diz estudo

De acordo com pesquisa, órgãos de pessoas que morreram com insuficiência renal aguda podem ser transplantados com sucesso

Por Da Redação
11 mar 2015, 19h52

Os rins de pessoas que morreram com insuficiência renal aguda geralmente são descartados pelos médicos para transplante, por receio de maus resultados na operação. Entretanto, pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, mostraram que esses órgãos podem ser viáveis para a cirurgia.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a insuficiência renal aguda se caracteriza pela redução rápida da função dos rins por períodos variáveis, resultando na inabilidade do órgão de exercer sua função básica. Em muitos casos, os rins voltam a funcionar sem maiores problemas. Já a insuficiência renal crônica é a perda lenta, progressiva e irreversível das funções do órgão. Nesse caso, o paciente precisa realizar diálise frequentemente e, em quadros mais graves, transplante.

Publicado no periódico American Journal of Transplantation nesta quarta-feira, o estudo analisou as taxas de descarte de órgãos com insuficiência renal aguda e problemas nos pacientes que receberam rins nessas condições, até seis meses após a operação.

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Os resultados confirmaram que órgãos com insuficiência renal aguda não costumam ser utilizados para transplantes. Nos casos em que eles foram transplantados, apresentaram no destinatário função retardada do enxerto renal, isto é, necessidade de continuar a hemodiálise na primeira semana após o transplante. Não houve, no entanto, falência deste órgão seis meses após a cirurgia.

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Boa notícia – Outra surpresa apontada no estudo foi que os beneficiários que receberam rins com lesão renal aguda grave e apresentaram função retardada do enxerto renal logo após o transplante tiveram menos problemas seis meses após a cirurgia, em comparação com aqueles que sofreram o mesmo problema, mas receberam um rim sem lesões. Para os autores do estudo, isso acontece porque órgãos com lesão aguda podem desenvolver “pré-condicionamento isquêmico”, um mecanismo que pode protegê-lo de efeitos causados por lesões posteriores.

De acordo com Chirag R. Parikh, coautor da pesquisa, estes resultados mostram que é possível realizar mais transplantes com rins lesionados. “Mesmo que isso signifique apenas uma dúzia a mais de transplantes por ano, esses pacientes sairiam da lista de espera e teriam mais chance de sobreviver do que se continuassem com a diálise, na espera de um rim com mais qualidade que pode nunca aparecer”, disse.

Brasil – Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, de janeiro a setembro do ano passado foram realizados 4 221 transplantes de rim no Brasil. Em setembro do mesmo ano, ainda havia 18 290 pacientes na lista de espera.

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(Da redação)

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