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Remédio para transplantados ajuda a aumentar sobrevida de pacientes com câncer de mama

Associar a droga a uma vacina que ajuda a tratar a doença, em comparação apenas com a aplicação da vacina, aumenta expectativa de vida em 30%

Por Da Redação
17 Maio 2012, 17h24

Mulheres que tomaram um remédio usado no tratamento de pacientes transplantados junto a uma vacina contra o câncer de mama tiveram uma sobrevida 30% maior do que aquelas que tinham a mesma doença, mas que apenas receberam a vacina. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e publicada nesta quarta-feira na revista médica Science Translational Medicine.

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COMO O DACLIZUMAB COMBATE OS TUMORES

O daclizumab é usado em pacientes que passaram por transplante de rim pela capacidade de reduzir o número de células de defesa regulatórias (células Tregs), importante para evitar que o sistema imunológico ataque o novo órgão. As Tregs ‘desligam’ o sistema imunológico depois que o trabalho foi feito. Os tumores atraem células Tregs para o seu entorno, enganando o sistema imunológico e evitando que outras células de defesa combatam as células cancerígenas. Ao reduzir essas células, o daclizumab aumenta a eficiência da vacina.

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No estudo, o medicamento estudado foi o daclizumab, usado para evitar a rejeição de órgãos em pacientes que receberam transplantes de rim. De acordo com a equipe, a droga beneficiou mulheres pois ajudou o organismo delas a reestabelecer a capacidade do sistema imunológico combater os tumores. Essa abordagem utilizada é a imunoterapia, que consiste em treinar o sistema imunológico para que ele mesmo destrua as células cancerígenas do corpo.

Essas conclusões vieram depois de os pesquisadores darem a dez pacientes com câncer de mama metastático, ou seja, que já havia se espalhado pelo corpo, doses de daclizumab e de uma vacina que está em fase experimental e que foi desenvolvida pela própria Universidade da Pensilvânia. De acordo com os resultados relatados no artigo, as mulheres que haviam tomado o medicamento junto à vacina tiveram uma sobrevida cerca de 30% maior – ou sete meses maior – em relação àquelas que apenas receberam a vacina. Além disso, embora nenhum dos tumores tenha diminuído de tamanho, eles deixaram de crescer em seis das dez participantes. Segundo os autores, os efeitos positivos do medicamento no organismo duraram cerca de dois meses e a droga não surtiu efeitos colaterais graves.

“Embora nossos testes tenham sido feitos em pacientes com câncer da mama, acreditamos que essa abordagem possa ser aplicada na maioria dos tipos de tumores”, diz Robert Vonderheide, um dos autores do estudo. “Mesmo que ainda exista uma grande quantidade de trabalho a fazer para confirmar nossos resultados, acreditamos que nossa pesquisa terá grandes impactos no regimento de vacinas em câncer.”

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