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Remédio para colesterol diminui crescimento da próstata

Efeito pode ajudar a prevenir e tratar desde doenças benignas até câncer

Por Da Redação
22 Maio 2012, 13h58

Um estudo feito na Universidade Duke, nos Estados Unidos, reforçou o que outros trabalhos menores já haviam indicado em relação aos efeitos positivos da estatina, medicamento que controla os níveis de colesterol no sangue, sobre o câncer de próstata. De acordo com a pesquisa, a substância reduz o crescimento da próstata – quadro que pode indicar presença de um tumor e de outros problemas benignos – entre homens com predisposição à doença. Os resultados foram apresentados nesta segunda-feira no encontro anual da Associação Americana de Urologia, em Atlanta.

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HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA

É o aumento de tamanho não canceroso da próstata. A causa do problema não é totalmente conhecida, mas acredita-se que esteja relacionada às alterações hormonais que ocorrem com a idade. É mais comum entre homens com mais de 50 anos. Com o aumento da próstata, a uretra é comprimida e o fluxo de urina é obstruído, problema que pode levar a lesões nos rins.

A equipe de pesquisadores utilizou dados de um estudo feito com mais de 6.000 homens de 50 a 75 anos que tinham altos níveis de uma proteína produzida pela próstata que pode indicar a presença de um tumor ou de hiperplasia benigna da próstata, por exemplo. Entre eles, 1.032 tomavam estatina para controle do colesterol. Os participantes foram submetidos a uma biópsia da próstata no início do estudo e após dois e quatro anos. Ao final da pesquisa, os autores identificaram que os homens que tomavam estatina tiveram um crescimento menos significativo da próstata do que os outros que não faziam uso da substância.

“Nós ainda não conhecemos todos os mecanismos provocam esse efeito. Alguns estudos, por exemplo, sugerem que a estatina pode ter propriedades anti-inflamatórias, e a inflamação tem sido associada ao crescimento da próstata”, afirma Roberto Muller, que coordenou a pesquisa. Ele explica que esses resultados ainda não são suficientes para que os médicos passem a utilizar, na prática clínica, estatina no tratamento de doenças da próstata. Como a pesquisa se baseou em um levantamento que não foi feito especificamente sobre a substância, é preciso que outros estudos sejam feitos.

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Dr. Mario Eisenberger

Há 17 anos trabalhando na Universidade Johns Hopkins, o oncologista Mario Eisenberger estuda o futuro do combate ao câncer. Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, já teve pacientes que chegaram em estado grave ao seu consultório, com metástase até no osso, mas que dez anos depois estão vivos e em completa remissão.

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“Metástase não é mais sentença de morte”, diz, com um leve sotaque em inglês, adquirido nas quase quatro décadas morando nos Estados Unidos. Fascinado por estudos clínicos, sua tarefa é definir os padrões da doença que serão examinados. É a linha de frente da ciência.

Prevenção O quanto o estilo de vida das pessoas influencia no aparecimento do câncer de próstata?

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O médico e leitor Celso foi diagnosticado com câncer de próstata e recusou o tratamento proposto de castração química, por conta dos efeitos colaterais. Ele iniciou tratamento com o remédio ciproterona, há três meses. Existem outras formas de tratamento, sem modificar a qualidade de vida?

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