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Redução da mortalidade materna no Brasil é uma das menores do mundo

Entre 2000 e 2013, taxa de mortes por complicações na gravidez e parto diminuiu 1,7% ao ano. Média de 75 países que fazem parte de plano de metas da ONU foi de 3,1%

Por Da Redação
30 jun 2014, 11h34

Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) que levou em consideração os dados de 75 países indicou que o Brasil teve a quarta mais lenta redução da mortalidade materna entre os anos de 200 e 2013. Nesse período, o desempenho brasileiro foi semelhante ao de Madagascar, com queda anual média de 1,7% na taxa de mortalidade relacionada à gravidez e ao parto. A marca está bem abaixo da média de todas as nações juntas, que foi de 3,1% ao ano.

Os dados fazem parte de um relatório divulgado nesta segunda-feira durante o fórum do grupo Parceria para a Saúde Materna, de Recém-Nascidos e Crianças (PMNCH). O documento levou em consideração países participantes do Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, um conjunto de metas propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) a serem cumpridas até 2015.

O novo mostra que poucos países vão atingir o compromisso de redução de mortalidade materna. No Brasil, por exemplo, a taxa de brasileiras que morreram na gestação, no parto ou em decorrência de suas complicações em 2013 foi equivalente a 69 a cada 100.000 nascimentos. Isso representa quase o dobro da meta assumida nos Objetivos do Milênio – chegar em 2015 com, no máximo, 35 mortes a cada 100.000 nascimentos. O Brasil já assumiu que não vai conseguir atingir a marca.

Comparação – Para se ter uma ideia, o risco de uma mulher morrer nos países avaliados por causas relacionadas ao parto e à gestação é de 1 para 66. Nos países com alto desenvolvimento, o risco é de 1 para 3.400. Dados da OMS divulgados no mês passado mostraram que, a cada hora, 33 mulheres morrem no mundo devido a complicações na gravidez. Embora seja considerado elevado, esse número é 45% menor do que há duas décadas.

Os únicos países que apresentaram uma redução da mortalidade materna menor do que a do Brasil foram Iraque, África do Sul e Guatemala. Já entre os países com as maiores reduções, estão Ruanda, Camboja, Lao e Guiné Equatorial.

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Novas estratégias – O relatório alerta para a necessidade de se definir estratégias que acelerem avanços nas saúdes materna, infantil e neonatal. “Precisamos renovar e redobrar nossos esforços em áreas-chave, onde o progresso vem sendo menor”, dizem os autores do documento. Eles reforçam a necessidade de se evitar que, esgotado o prazo definido nos Objetivos do Milênio, o ânimo para se alcançar as metas diminua. A mensagem é: o trabalho está inacabado, mas os objetivos são possíveis de serem alcançados.

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Entre os pontos considerados essenciais pelos autores do trabalho estão a melhoria do acesso a métodos contraceptivos, fundamentais para garantir o planejamento familiar; a garantia da assistência, feita com profissionais preparados e equipados adequadamente, tanto na gestação quanto nas fases pré e pós-parto; a redução de índices de doenças como diarreia e pneumonia e o combate a altos índices de desnutrição.

(Com Estadão Conteúdo)

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