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Prova de médicos formados no exterior terá três perguntas

Profissionais deverão realizar um teste nesta sexta-feira antes que possam iniciar seus atendimentos no programa Mais Médicos

Por Da Redação
11 set 2013, 11h14

Os médicos formados no exterior que estão passando por um curso antes de iniciar suas atividades no programa Mais Médicos deverão realizar uma prova na próxima sexta-feira. Durante o teste, terão de responder a apenas três perguntas e participar de uma simulação de atendimento, para que o governo avalie se eles estão aptos a atuar no país. Em uma das questões, o profissional deverá preencher um prontuário médico.

Desde o dia 26 de agosto, 682 profissionais são submetidos ao treinamento, que inclui aulas de português e informações sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e do programa de atenção básica. Desse total, 116 são brasileiros graduados em outros países, 166 são estrangeiros e os outros 400 são cubanos que vieram ao país por meio de um acordo firmado com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

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O exame final será aplicado após o término do curso pelos próprios professores que ministram as aulas. Desde o lançamento do programa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tem reiterado que os médicos reprovados nessa etapa serão excluídos.

O teste será padronizado e coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela realização das avaliações da pasta, entre elas o Revalida – prova aplicada para revalidação do diploma de médicos formados no exterior.

Críticas – Obrigatório para os profissionais estrangeiros que queiram trabalhar no Brasil – com exceção dos participantes do Mais Médicos -, o Revalida ocorre em duas etapas. A primeira é composta por 110 questões objetivas e a segunda, por uma avaliação prática. Considerada exigente, a prova tem taxas baixas de aprovação, inferiores a 10%. “O Revalida não pergunta ao médico se ele sabe preencher um prontuário. Isso é básico e secundário em uma prova assim. Mesmo um estudante tem de saber contar uma história para fazer uma redação. O que um médico precisa saber são os sintomas das doenças mais comuns e como fazer o tratamento, além da legislação”, diz o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Ávila.

Já os formandos dos cursos de medicina do estado de São Paulo são obrigados a fazer o exame do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), composto de 120 questões. No ano passado, 54,5% foram reprovados.

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As discrepâncias entre os testes aplicados regularmente no país e a prova marcada para sexta-feira provocam polêmica e críticas. Para Pietro Novellino, presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), três questões são insuficientes. “Acho muito pouco. Não precisa ser uma avaliação super aprofundada, mas deveria ter mais rigor e cobrar princípios básicos da clínica médica, conhecimentos gerais sobre Medicina de Família, cuidados primários e itens sobre pequenas cirurgias”, diz.

Milton Arruda Martins, professor titular de Clínica Médica da USP, segue o mesmo raciocínio. “Saber preencher um prontuário médico é uma condição básica, especialmente para um estrangeiro. Não acho que só essa avaliação seja suficiente.”

Resultados – O MEC informou que a prova escrita é só um dos componentes de avaliação. Segundo a pasta, os médicos têm sido avaliados permanentemente durante o curso por meio de outras atividades, não detalhadas pelo ministério. O órgão ainda afirmou que todo o conteúdo ministrado ao longo de três semanas, e também conhecimentos de português em situações de atendimento médico, vão ser objeto do teste. O governo, porém, não vai cobrar a proficiência na língua.

Condição para o funcionamento do programa, a publicação dos resultados nessa prova não tem data para ser divulgada, apesar de o cronograma prever que os médicos comecem a trabalhar na segunda-feira. Segundo o MEC, os exames começarão a ser corrigidos logo após a aplicação da prova, ainda na sexta-feira.

(Com Estadão Conteúdo)

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