Chip pode prever a toxidez de drogas e facilitar tratamentos
Projeto ambicioso simula células humanas e pretende revolucionar a medicina
Uma parceria entre importantes agências federais de pesquisa americanas se propõe a tornar realidade uma ideia que mais parece ficção científica: um chip para prever a toxidez de drogas e, assim, acelerar a pesquisa e produção de novos medicamentos.
“É um projeto muito ambicioso”, reconhece Francis Collins, diretor do National Institute of Health (NIH). “Nosso objetivo é criar um novo paradigma para o teste de toxidez.” O projeto pretende criar chips carregados com informações de tipos celulares capazes de determinar a eficácia e os riscos das drogas testadas – sem a necessidade de cobaias humanas.
O instituto prometeu financiamento de 140 milhões de dólares para os primeiros cinco anos do projeto, que também será conduzido pela Food and Drug Administration (FDA) e pela Defense Advanced Research Projects Agency (Darpa). A Darpa é reconhecida por assumir o financiamento de pesquisas de risco e já ajudou a criar tecnologias de GPS, por exemplo.
O NIH propôs ainda a criação de um Centro Nacional de Ciências Translacionais Avançadas. O novo centro se encarregaria de aproximar a investigação científica do tratamento dos pacientes na criação de novos medicamentos. Mas a proposta gerou polêmica entre senadores americanos e ainda depende de uma aprovação do Congresso.