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Estudo relaciona poluição ao parto prematuro

O parto prematuro está associado a mortalidade, diminuição da capacidade pulmonar e problemas respiratórios durante a infância

Por Da Redação
7 out 2011, 12h40

Pesquisadores da Universidade da Califónia mostraram que a poluição do ar está ligada ao aumento de até 30% dos nascimentos prematuros de bebês. A pesquisa, publicada no jornal BioMed Central, mostrou que as mudanças sazonais afetam a concentração de poluentes tóxicos no ar, especialmente a presença de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP).

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HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS POLICÍCLICOS (HAP)

Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são uma classe de compostos orgânicos. Dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, 16 são indicados pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos como sendo poluentes prioritários, que têm sido cuidadosamente estudados devido à sua toxicidade, persistência e predominância no meio ambiente. Os HAP podem causar efeitos toxicológicos no crescimento, metabolismo e reprodução de todos os componentes do meio ambiente.

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Fonte:Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental)

Para o estudo, os pesquisadores examinaram 100.000 nacimentos, dentro de um raio de oito quilômetros de estações de monitoramento da qualidade do ar. Eles avaliaram os nascimentos abrangendo um período de 22 meses a partir de junho de 2004. Os pesquisadores utilizaram as informações fornecidas pelo departamento de Saúde da Califórnia sobre os nascimentos e as mães, além de dados sobre a poluição do ar a partir dos relatórios das estações de monitoramento que medem as concentrações de poluentes atmosféricos tóxicos.

Em alguns locais, as concentrações de poluentes eram maiores – relacionados à presença de indústrias ou de maior urbanização. No entanto, a exposição total a poluentes críticos, como é o caso dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (veja quadro ao lado), resultou em um aumento de até 30% no risco de parto prematuro. Outras substâncias tóxicas, como benzeno e partículas finas de fumaça de óleo diesel, foram associadas a um aumento de 10% nos partos precoces, enquanto as partículas finas de nitrato de amônia foram associadas a um aumento de 21% no risco de parto prematuro.

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As concentrações desses poluentes foram maiores no inverno e mais baixas nas zonas costeiras, indicando que os padrões climáticos desempenham um papel importante na dispersão dos poluentes. “Sabemos que a poluição do ar está associada ao baixo peso ao nascer e ao parto prematuro. Nossos resultados mostram que os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos relacionados ao tráfego contribuem para o parto prematuro”, disse Beate Ritz, da Universidade da Califórnia.

O parto prematuro está associado a mortalidade, diminuição da capacidade pulmonar e problemas respirtaórios durante a infância. Também pode estar associado ao maior índice de doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão na vida adulta.

Nos últimos anos, vários estudos relacionaram a exposição aos poluentes do ar com um impacto direto na capacidade reprodutiva feminina e os efeitos adversos provocados na gravidez. Outras pesquisas realizadas no Brasil já demonstraram que a exposição à poluição está associada ao baixo peso ao nascer, retardo no crescimento intrauterino,

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prematuridade e também com diminuição da fertilidade em homens.

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