Polícia indicia mais uma médica por suspeita de homicídio no Hospital Evangélico de Curitiba
Ao todo, cinco médicos e uma enfermeira foram indiciados por homicídio e formação de quadrilha
A Polícia Civil do Paraná indiciou nesta terça-feira a médica Krissia Kamile Singer Walbach por homicídio qualificado e formação de quadrilha. Ela é a sexta suspeita de ter provocado a morte de pacientes internados na UTI do Hospital Universitário Evangélico. Outros quatro médicos e uma enfermeira já haviam sido indiciados.
A médica estava nos Estados Unidos e não trabalha mais no hospital. Ela se apresentou na segunda-feira (4) à polícia e permanece solta. Isso porque o relatório final do caso foi já havia sido concluído e entregue pela polícia ao Ministério Público, a quem caberá, de agora em diante, pedir ou não a prisão temporária de Krissia.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Michelotto, em entrevista dada à imprensa nesta terça-feira, a polícia não deve mais comentar o assunto nos próximos dias. Segundo ele, as provas conseguidas pela polícia podem causar comoção e até revolta contra o Hospital Evangélico.
Quebra de sigilo – Segundo Michelotto, o pedido do afastamento da delegada do Núcleo de Repressão de Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), Paula Brisola, feito pelo hospital, foi “lamentável”. “Em um momento de crise como esse, uma direção responsável teria procurado se unir à Polícia Civil e ao Ministério Público para sanear os problemas que existem dentro do hospital”, disse. De acordo com o delegado, o Hospital Evangélico terceiriza praticamente toda a estrutura do seu prédio e “não tem condições de controlar nem as suas dependências.”
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