Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pesquisadores desenvolvem primeiro tratamento eficaz contra o vírus Ebola

Ao receberem os anticorpos uma hora após a infecção pelo vírus, que mata 90% das pessoas que contamina, todos os macacos testados sobreviveram

Por Da Redação
17 out 2012, 09h52

Estudo realizado em parceria entre o governo americano e diversas intituições de pesquisa desenvolveu um “coquetel” de anticorpos que evita a contaminação de macacos pelo vírus ebola. Os resultados da pesquisa foram publicados na edição online desta semana do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). O vírus ebola é o causador da febre hemorrágica, doença que atinge taxa de letalidade de 90% e para a qual ainda não existem vacinas ou tratamentos aprovados para uso em humanos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Delayed treatment of Ebola virus infection with plant-derived monoclonal antibodies provides protection in rhesus macaques

Onde foi divulgada: periódico Proceedings of the National Academy of Sciences

Continua após a publicidade

Quem fez: Gene Garrard Olinger, Jr., James Pettitt, Do Kim, Cara Working, Ognian Bohorov, Barry Bratcher, Ernie Hiatt, Steven D. Hume

Instituição: Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército Americano (USAMRIID)

Resultado: A equipe de pesquisadores administrou anticorpos monoclonais nos macacos rhesus uma hora após a infecção pelo vírus ebola e todos os animais sobreviveram. Quando o tratamento foi aplicado nos macacos 48 horas após a infecção, dois terços sobreviveram.

Continua após a publicidade

A equipe de pesquisadores utilizou anticorpos monoclonais, ou seja, células clonadas do sistema imunológico, que são consideradas mais eficientes por serem sempre iguais entre si. Esses anticorpos foram administrados nos macacos rhesus uma hora após a infecção pelo vírus ebola e todos os animais sobreviveram. Quando o tratamento, denominado MB-003, foi aplicado nos macacos 48 horas após a infecção, dois terços sobreviveram.

“Até pouco tempo atrás, as tentativas de utilizar anticorpos para promover proteção ao vírus ebola falharam. O nível de proteção contra a doença que nós obtivemos com o MB-003 foi impressionante”, afirmou Gene Olinger, virologista do Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército Americano (USAMRIID) e participante da pesquisa.

Os anticorpos monoclonais utilizados nesse estudo são desenvolvidos através de um sistema que utiliza as plantas do tabaco como base de produção. Esse processo permite a redução de custos e aumento da quantidade de anticorpos obtida. “Nós também estamos positivamente surpresos pela superioridade dos anticorpos derivados de plantas em comparação aos mesmos anticorpos produzidos por meio da tradicional cultura de células de mamíferos”, disse Larry Zeitlin, presidente da Mapp Biopharmaceutical e autor-sênior do estudo.

Continua após a publicidade
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.