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Clínica Mayo desenvolve vacina para tratar melanoma

Estudo identificou que um vírus da mesma família que o da raiva, quando geneticamente modificado, é capaz de atacar células cancerígenas

Por Da Redação
19 mar 2012, 15h20

Uma técnica relativamente nova na pesquisa médica tem obtido bons resultados contra o câncer em testes: o uso de vírus modificados geneticamente para atacar somente as células cancerígenas. A edição desta semana do periódico Nature Biotechnology traz os resultados conseguidos pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, que obteve sucesso com uma vacina, ainda testada apenas em camundongos, para combater o melanoma.

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MELANOMA

Um tipo de câncer de pele com origem nas células produtoras de pigmentos (melanócitos). Apesar de ser um tipo menos comum de câncer de pele, é considerado o mais grave por geralmente resultar em metástase. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que em 2012 serão 6.230 novos casos no Brasil. Em 2009, 1.392 pessoas morreram por causa da doença.

A equipe de pesquisadores utilizou, como estratégia, a imunoterapia para tratar câncer, ou seja, buscou treinar o sistema imunológico dos camundongos para que o próprio sistema erradicasse as células cancerígenas do organismo.

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Para isso, os cientistas fizeram uma combinação genética de DNA humano de células de melanoma e o vírus da estomatite vesicular, que pertence à mesma família do vírus da raiva. Esse vírus foi geneticamente modificado para que fosse capaz de identificar e destruir as células cancerígenas. Resultados preliminares mostraram que 60% dos tumores dos camundongos foram curados em menos de três meses e com efeitos colaterais mínimos.

De acordo com os pesquisadores, embora os tumores consigam proteger-se do sistema imunológico normal do corpo, o câncer de pele se mostrou incapaz de se esconder dos vírus da estomatite vesicular. “Acreditamos que essa nova técnica irá nos ajudar a identificar um novo conjunto de genes importantes para estimular o sistema imunológico a rejeitar o câncer”, diz Richard Vile, pesquisador da Clínica Mayo e um dos autores do estudo.

Segundo Vile, estudos futuros poderão abranger vacinas semelhantes para cânceres mais agressivos, como de cérebro, pulmão e pâncreas. “Acredito que nós poderemos criar vacinas que combatam outros tipo de câncer. Além disso, seremos capazes tanto de tratar o tumor primário quanto de proteger as pessoas contra a reincidência da doença”, afirma o pesquisador.

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