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Pesquisa com 350.000 pessoas afasta vínculo entre câncer e uso prolongado do celular

Estudo contraria anúncio feito em maio pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde

Por Da Redação
20 out 2011, 18h28

O maior estudo do tipo já realizado não encontrou vínculos entre o uso prolongado de telefones celulares e um maior risco de desenvolvimento de tumores cerebrais, segundo artigo que será publicado na edição desta sexta-feira do British Medical Journal (BMJ), um dos periódicos de saúde mais respeitados do mundo.

Cientistas do Instituto de Epidemiologia do Câncer de Copenhague, na Dinamarca, não encontraram evidências de um risco maior entre os mais de 350.000 proprietários de telefones celulares cuja saúde foi monitorada durante 18 anos. Pesquisas anteriores sobre uma possível relação entre o uso de celulares e tumores cancerosos tinham sido inconclusivas, parcialmente devido à falta de dados de longo prazo.

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ESTUDO DO IARC

A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) anunciou que o uso de telefones celulares pode causar um tipo de tumor maligno no cérebro chamado glioma. Foi a primeira vez que um órgão mundial de saúde admitiu publicamente a associação entre os dois fatores.

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Em maio, após a revisão de uma série de artigos, a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde, classificou a radio-frequência de campos magnéticos emitida por celulares como “possivelmente carcinogênica para humanos”.

O novo estudo é a sequência de uma pesquisa anterior, que comparou o risco de câncer enfrentado por todos os assinantes de telefonia celular na Dinamarca – aproximadamente 420.000 pessoas – com o restante da população adulta. Patrizia Frei, pesquisadora de pós-doutorado da Sociedade Dinamarquesa de Câncer, e colegas examinaram registros de saúde entre 1990 e 2007 de 358.403 assinantes de celulares. No total, foram diagnosticados 10.729 tumores do sistema nervoso central.

Mas entre as pessoas que fizeram uso mais prolongado do telefone celular – 13 anos ou mais -, as taxas de câncer foram quase as mesmas dos não-assinantes. “O acompanhamento estendido nos permitiu investigar os efeitos nas pessoas que utilizaram telefones celulares por 10 anos ou mais, e este uso de longo prazo não esteve associado com riscos maiores de câncer”, concluiu o estudo.

Ainda há risco – As descobertas, no entanto, não descartaram a possibilidade de um “risco pequeno a moderado” para usuários muito intensos, ou pessoas que utilizam os aparelhos por mais de 15 anos. Anders Ahlbom e Maria Feychting, do Instituto Karolinska, da Suécia, disse que a nova evidência é tranquilizadora, mas pediu uma monitoração contínua dos registros de saúde.

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O mundo tem cerca de cinco bilhões de telefones celulares registrados no mundo, um número que continua a aumentar intensamente, juntamente com a quantidade média de tempo usado em sua utilização.

O IARC não fez recomendações formais, mas seus especilistas indicaram, em junho, uma série de medidas pelas quais os consumidores podem reduzir a exposição, como o uso de mensagens de texto e fones de ouvido para chamadas de voz. Segundo eles, a prática reduz em pelo menos dez vezes a exposição à radiação potencialmente prejudicial, em comparação com o uso do telefone próximo ao ouvido.

Cinco dicas para usar o celular com segurança:

(Com Agência France-Presse)

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