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Perda de peso, mesmo que pequena, pode reduzir risco de câncer de mama pela metade

Segundo pesquisa, quanto mais uma mulher com excesso de peso emagrece, menores os níveis de hormônios associados ao câncer

Por Da Redação
23 Maio 2012, 13h32

Mesmo moderada, a perda de peso já pode reduzir significativamente os níveis de hormônios associados ao risco de câncer de mama. De acordo com uma nova pesquisa, a diminuição de 5% no peso corporal pode chegar a reduzir pela metade as chances dos tipos mais comuns de tumores de mama. O estudo foi feito no Centro de Pesquisa em Câncer Fred Hutchinson, nos Estados Unidos, e publicado nesta segunda-feira no periódico Journal of Clinical Oncology.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Reduced-Calorie Dietary Weight Loss, Exercise, and Sex Hormones in Postmenopausal Women: Randomized Controlled Trial

Onde foi divulgada: periódico Journal of Clinical Oncology

Quem fez: Kristin L. Campbell, Karen E. Foster-Schubert, Catherine M. Alfano e outros

Instituição: Centro de Pesquisa em Câncer Fred Hutchinson, Estados Unidos

Dados de amostragem: 493 mulheres de 50 a 75 anos

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Resultado: Mulheres com excesso de peso que perdem 5% do peso corporal já reduzem em até pela metade o risco de câncer de mama. Aliar dieta e atividade física pode diminuir em até 25% níveis de hormônios associados à doença

Esse trabalho é o primeiro ensaio clínico feito para estudar os efeitos do emagrecimento na incidência da doença. Ele se baseou em dados de 493 mulheres com obesidade ou sobrepeso, sedentárias e com idades entre 50 e 75 anos. As participantes foram divididas em quatro grupos de acordo com os hábitos os quais foram designadas a seguirem: somente atividade física (cerca de 20 minutos ao dia de caminhada rápida); exercícios e dieta; somente dieta; e nenhuma intervenção.

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Obesidade e sobrepeso estão associados ao câncer de mama

Essas mulheres foram acompanhadas durante um ano. Após esse período, a equipe mediu, por meio de exames de sangue, os níveis de alguns tipos de hormônios sexuais que estão relacionados ao risco de câncer de mama, entre eles diferentes tipos de estrogênio e testosterona. A equipe observou que as mulheres que fizeram tanto dieta quanto atividade física tiveram uma redução de até 25,8% nos níveis desses hormônios, dependendo do tipo. Essa diminuição foi de até 22,.4% entre as mulheres que apenas seguiram uma dieta.

Embora as participantes desses dois grupos tenham perdido, em média, 10% do peso ao longo do estudo, a pesquisa concluiu que uma redução de 5% do peso corporal já é suficiente para haver um impacto benéfico sobre os níveis hormonais, podendo diminuir as chances de câncer de mama em até 50%. Os resultados indicaram que quanto mais peso perdido, maior é o efeito positivo.

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Segundo os autores do estudo, essas conclusões somente se aplicam a mulheres com sobrepeso ou obesidade que não estão fazendo reposição hormonal. “A quantidade de peso perdido foi a chave para as mudanças nos níveis hormonais, e o maior efeito foi obtido com uma associação de dieta e atividade física. Por isso, o ideal é que as mulheres, para emagrecer, incluam esses dois hábitos no dia-a-dia e assim reduzam os níveis de hormônios como o estrogênio”, diz Anne McTiernan, coordenadora do estudo.

Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre câncer de mama:

Dr. Antonio Wolff

O oncologista Antonio Wolff é especialista em câncer de mama. Está começando um projeto de pesquisa com 8.000 mulheres, que fará testes com dois remédios – trastuzumabe e lapatinibe. Os primeiros resultados deverão começar a aparecer em dois anos.

Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Wolff é pesquisador da Universidade Johns Hopkins há doze anos. Ali, atende pacientes duas vezes por semana e estuda, faz pesquisas, dá palestras. Seu foco é no que pode ser feito para melhorar a vida do paciente.

Prevenção Quais são os sintomas do câncer de mama? O autoexame é eficaz?

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A mastectomia preventiva é válida como prevenção? Quais são os critérios que devem ser levados em conta antes de se submeter a uma cirurgia do tipo?

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Qual a necessidade de fazer mamografia? Porque ainda não inventaram um método melhor, menos doloroso?

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Tratamento O citrato de tamoxifeno é um remédio ainda utilizado nos EUA?

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