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Paternidade tardia pode levar a doenças mentais nos filhos

Estudo feito com mais de 2 milhões de pessoas associou maior idade do pai e risco elevado de problemas como autismo, TDAH e esquizofrenia nos filhos

Por Da Redação
27 fev 2014, 10h27

Um importante estudo publicado em 2012 na revista Nature concluiu que, quanto maior a idade de um homem ao se tornar pai, mais elevadas são as chances de ele transmitir aos filhos mutações genéticas que podem desencadear doenças como o autismo e a esquizofrenia. Embora já existissem evidências sobre essa relação, a pesquisa foi inovadora pois foi realizada com base no sequenciamento do genoma dos participantes – pai, mãe e filho de 78 famílias da Islândia. Um novo trabalho divulgado nesta quarta-feira reforça as conclusões do estudo de 2012.

A nova pesquisa, porém, foi feita com um número muito maior de pessoas: todas aquelas que nasceram na Suécia entre 1973 e 2001 (2 615 081 indivíduos ao todo). A relação entre paternidade tardia e um maior risco de doenças nos filhos, portanto, ficou ainda mais convincente. O estudo, publicado no periódico Jama Psychiatry, foi feito na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e no Instituto Karolinska, na Suécia. As conclusões indicaram que a paternidade tardia pode aumentar o risco de o filho apresentar problemas como autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), esquizofrenia e transtorno bipolar.

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Resultados – Os pesquisadores descobriram, por exemplo, que os filhos de homens que se tornaram pais aos 45 anos, em comparação com os filhos de homens que se tornaram pais aos 24, tiveram uma chance 25 vezes maior de ter transtorno bipolar. Eles também foram 13 vezes mais propensos a ter TDAH; apresentaram um risco 3,5 mais elevado de ter autismo; tiveram o dobro do risco de ter um distúrbio psicótico, especialmente a esquizofrenia; e foram 2,5 vezes mais propensos a apresentar um comportamento suicida ou enfrentar problemas com abuso de drogas.

“Ficamos chocados com os resultados. As implicações da paternidade tardia (identificadas pelo estudo) foram muito maiores do que pesquisas anteriores haviam sugerido”, diz Brian D’Onofrio, professor do Departamento de Ciências Psicológicas e do Cérebro da Universidade de Indiana e coordenador do estudo. “As nossas conclusões não indicam, porém, que todas as crianças nascidas de pais mais velhos terão algum desses problemas, mas sim aumentam o corpo de evidências sobre a associação entre a paternidade tardia e o risco desses distúrbios”, diz.

De acordo com o pesquisador, uma das hipóteses que podem explicar o achado está no fato de o homem produzir novos espermatozoides durante toda a vida – ao contrário das mulheres, que já nascem com todos os óvulos que terão ao longo da vida. Com isso, cada nova produção do espermatozoide, realizada com o avanço da idade, tem um risco maior de carregar mutações genéticas

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