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Paralisação contra planos de saúde tem 80% de adesão dos médicos, afirma Federação Nacional dos Médicos

Casos de emergência e urgência continuam a serem atendidos. Médicos querem melhor remuneração e menos intervenção dos convênios

Por Aretha Yarak e Natalia Cuminale
7 abr 2011, 14h11

Nesta quinta-feira, médicos de todo o país deixaram de antender a consultas e atendimentos eletivos. O Dia Nacional de Paralisação do Atendimento aos Planos de Saúde, como foi batizada a suspensão das atividades, teve uma adesão de cerca de 80% da classe médica, segundo informações da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Diversos movimentos espalhados pelo Brasil marcaram os protestos da categoria. Em São Paulo, uma passeata entre a sede da Associação Paulista de Medicina (APM) e a Praça da Sé reuniu cerca de 1.200 pessoas, segundo a organização do movimento, e 500, segundo a Polícia Militar de São Paulo. Casos de emergência continuam sendo atendidos.

“O movimento está absolutamente vitorioso em todos os aspectos”, diz Cid Carvalhaes, presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos de São Paulo. “A paralisação de hoje tem caráter de advertência e serve para chamar as operadoras de planos de saúde para um diálogo mais efetivo”, diz Carvalhaes. “Teremos dois meses para avaliar qual será o próximo passo com base nas respostas que vamos obter.”

Para Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), a visibilidade do movimento tem servido para mostrar que, “enquanto os médicos procuram melhorar o atendimento aos pacientes, as empresas querem apenas reduzir seus custos”. Miranda diz que houve tentativa de negociar durante o ano inteiro de 2010, por intermédio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “As operadoras não apresentaram nenhuma ideia e nenhum resultado, e a ANS fez muito pouco”, afirma.

Caso as reivindicações não sejam atendidas e os planos de saúde se recusem a negociar, os médicos prometem novas ações. Entre elas, paralisações nacionais e setoriais, descredenciamentos e ações judiciais. “Mas é importante que fique claro que nenhuma medida será tomada para prejudicar a população”, diz Carvalhaes.

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Pelo Brasil – Em Curitiba, 85% dos médicos aderiram ao movimento, segundo balanço parcial da Associação Médica do Paraná. No estado, há 18.900 médicos credenciados. Estimativas do Sindicato dos Médicos do Mato Grosso do Sul apontam para uma adesão de 3.000 profissionais, com uma adesão mais intensa na capital do estado.

ENTENDA A PARALISAÇÃO:

Infográfico Paralisação Médica
Infográfico Paralisação Médica (VEJA)
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