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Oxitocina pode melhorar habilidades sociais de crianças autistas

Em estudo, substância conhecida como "hormônio do amor" aumentou a atividade de áreas do cérebro geralmente prejudicadas em pessoas acometidas pelo distúrbio

Por Da Redação
3 dez 2013, 19h20

A oxitocina é responsável por estimular os laços afetivos entre mãe e filho e também por criar a empatia entre duas pessoas. Não por acaso, ficou conhecida como “hormônio do amor”. Cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, podem ter encontrado outro papel para a substância: melhorar as habilidades sociais de crianças com autismo. A descoberta foi relatada em um artigo publicado nesta segunda-feira no periódico PNAS.

Glossário

OXITOCINA

A oxitocina é um hormônio produzido em uma região do cérebro chamada hipotálamo, e depois armazenado na hipófise. A oxitocina estimula a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer e de motivação, e de serotonina, outro neurotransmissor que tem efeitos positivos no humor e na redução da ansiedade.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Oxytocin enhances brain function in children with autism

Onde foi divulgada: periódico PNAS

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Quem fez: Ilanit Gordon, Brent C. Vander Wyk, Randi H. Bennett, Cara Cordeaux, Molly V. Lucas, Jeffrey A. Eilbott, Orna Zagoory-Sharon, James F. Leckman, Ruth Feldman e Kevin A. Pelphrey

Instituição: Universidade Yale, nos Estados Unidos

Dados de amostragem: 17 crianças de 8 a 16 anos

Resultado: Os pesquisadores descobriram que, em crianças autistas, a oxitocina pode aumentar a atividade de regiões do cérebro ligadas a funções sociais

No estudo, crianças autistas que inalaram oxitocina apresentaram maior atividade em regiões do cérebro ligadas a funções sociais como a empatia, geralmente prejudicadas em meninos e meninas que sofrem com o distúrbio.

As crianças beneficiadas pelo hormônio foram aquelas com uma forma mais moderada de autismo. Os cientistas ainda não sabem se isso significa que a substância funcione apenas em pessoas menos afetadas pela doença ou se a dosagem precisa ser determinada de acordo com o nível de comprometimento cerebral de cada paciente.

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Pesquisa – Os pesquisadores reuniram dezessete crianças autistas com idades entre 8 e 16 anos. Elas foram expostas a um spray contendo oxitocina e, em seguida, submetidas a um exame de ressonância magnética. Durante o exame, as crianças passaram por um teste de percepção social e emocional, em que tinham de olhar para fotos de olhos e relacionar as imagens a determinadas emoções. Ao realizar essa tarefa, os cientistas verificaram o aumento na atividade das regiões do cérebro ligadas às conexões sociais.

Como a amostragem do estudo foi pequena, mais trabalhos são necessários para comprovar a descoberta. Segundo informações do jornal The New York Times, outra equipe de pesquisadores, da Universidade da Carolina do Norte, pretende realizar um estudo com 300 crianças com o objetivo de avaliar os efeitos de doses diárias de oxitocina por um período de seis meses a um ano.

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