Chefe da missão para conter a atual epidemia pediu que comunidade internacional não deixe de enviar ajuda para a África Ocidental
Por Da Redação
2 jan 2015, 16h26
A África Ocidental não está perto de se ver livre do ebola e a comunidade internacional deve continuar seus esforços contra a epidemia, disse nesta sexta-feira o chefe da missão da Organização das Nações Unidas que combate o vírus (UNMEER), Anthony Banbury.
“Acredito que a mobilização rendeu frutos, mas nós ainda temos um longo caminho pela frente. Trata-se de um combate muito difícil e nós não sabemos o que o futuro nos reserva”, disse Banbury, durante coletiva de imprensa. À frente da missão desde sua criação, em setembro, ele deixará o cargo no próximo sábado e será substituído por Ismail Ould Cheikh Ahmed.
“O que mais me preocupa é quando atingirmos taxas menores de novos casos da doença, o que deve ocorrer no início de 2015. Isso porque mesmo dois ou três casos registrados em cada região continuam sendo uma grande ameaça para qualquer comunidade de qualquer país”, disse Banbury, pedindo para que a comunidade internacional não feche os olhos para o ebola até que a epidemia seja completamente extinta.
A UNMEER foi criada para capitanear a luta contra a epidemia nos três países mais afetados: Libéria, Serra Leoa e Guiné. Trata-se da primeira missão da ONU que se destina especificamente a conter uma crise de saúde pública. A atual epidemia de ebola já infectou mais de 20.000 pessoas, sendo que ao menos 7.989 morreram, segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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