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OMS demorou a agir contra epidemia do ebola, dizem especialistas

Segundo relatório britânico, não é possível entender como os alertas precoces feitos em maio e junho de 2014 não receberam uma resposta "séria e adequada"

Por Da Redação
11 Maio 2015, 14h57

Um relatório liderado pela britânica Barbara Stocking, ex-presidente da Oxfam Grã-Bretanha, apontou falhas da Organização Mundial da Saúde (OMS) na gestão da “epidemia sem precedentes” de ebola. Segundo a prévia do documento, divulgada nesta segunda-feira, não é possível comprender como “os alertas precoces feitos entre maio e junho de 2014 não receberam uma resposta séria e adequada”. O texto final será publicado em meados de junho.

A OMS só declarou estado de urgência mundial pelo ebola em 8 de agosto. No total, a epidemia afetou 26.000 pessoas e matou quase 11.000, principalmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa. No último sábado, a OMS deu por encerrada a epidemia de Ebola na Libéria após 42 dias sem o registro de novos casos.

Após a constatação da lentidão do órgão em agir, os estados membros da organização pediram em março a um grupo de especialistas que analisassem as razões das falhas no processo.”Há um grande consenso para dizer que a OMS não tem uma capacidade suficientemente forte para realizar operações de emergência”, afirma o relatório. “Aconteceram graves lacunas nos contatos com as comunidades locais durante os primeiros meses da epidemia”, completa.

O grupo de especialistas coordenado por Barbara iniciou os trabalhos em 9 de março com a missão de “avaliar todos os aspectos da ação da OMS” frente a epidemia de ebola. De acordo com o relatório, a OMS deveria criar uma equipe multidisciplinar para responder às situações de emergência, com uma estrutura de comando clara, única e dentro da própria agência.

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Ao comentar o atraso da OMS em responder à crise do ebola, o relatório cita várias motivos: compreensão equivocada do contexto da epidemia, diferente das demais, informações pouco confiáveis nos locais afetados, negociações difíceis com os países envolvidos e lacunas na estratégia de comunicação da OMS, que não teve uma figura de autoridade durante a crise. A resposta internacional só começou a ser ampla em setembro, quando o conjunto do sistema da ONU reagiu e foi criada outra estrutura, a Missão das Nações Unidas para a Luta contra o Ebola (UNMEER), destaca o relatório.

O documento preliminar será objeto de debate na próxima semana na Assembleia Mundial da Saúde, de 18 a 26 de maio, em Genebra.

(Com agência France-Presse)

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