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Oito maneiras de combater a insônia

Distúrbio atinge cerca de 30% dos adultos e pode resultar em fadiga, irritabilidade e insuficiência cardíaca, entre outros males

Por Patricia Orlando
22 set 2014, 09h30

Ter dificuldade para adormecer, despertar várias vezes à noite ou sentir que o descanso não foi reparador são características da insônia. O distúrbio pode ser reflexo de ansiedade, problemas físicos ou fatores ambientais. De acordo com a Academia Americana da Medicina do Sono, 30% dos adultos têm sintomas recorrentes de insônia.

O distúrbio pode ser crônico ou agudo. No primeiro caso, ele se manifesta pelo menos três vezes por semana, por três meses seguidos. “Estima-se que 10% das pessoas no mundo tenham insônia crônica. Ela deve ser tratada, principalmente, por meio de terapia cognitiva, em que a pessoa melhora a sua relação com o sono por meio de instruções de um profissional especializado no assunto”, diz Dalva Poyares, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Já a insônia aguda pode ser causada por fatores como stress, depressão, apreensão, distração na hora de dormir, gastrite e consumo de cafeína e álcool. “Ela tem mais relação com ocasiões de conflito emocionais agudos e transitórios. Em geral, o sono melhora quando o problema é resolvido”, afirma a neurologista Carla Guariglia, do Hospital Samaritano, em São Paulo. A insônia aguda é uma resposta do organismo ao estado de stress. “Se cinco pessoas passarem pelo mesmo episódio estressante, por exemplo, é provável que uma responda com insônia”, diz Dalva. Por esse motivo, ter dificuldade para dormir na véspera de uma prova ou de uma entrevista de emprego é normal.

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Ainda assim, a insônia pode e deve ser evitada. Segundo a Associação Americana de Sono, as consequências de uma noite mal dormida são fadiga, irritabilidade, sonolência durante o dia, ansiedade para dormir nas noites seguintes, falta de concentração, piora na memória e no desempenho no trabalho e na escola, falta de motivação e tensão. Estudos recentes já demonstraram que a privação do sono eleva, também, o risco de insuficiência cardíaca e derrame.

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Tratamento – Ter uma boa higiene do sono – que consiste em um conjunto de regras que ajuda a dormir melhor – na maioria das vezes soluciona o problema. Algumas recomendações são tirar a TV do quarto, praticar atividade física de dia e beber café até as 16h. Quando essas dicas não funcionam, o médico pode receitar remédios, normalmente à base benzodiazepínicos. O uso crônico de indutores de sono, no entanto, causa dependência. “O ideal é manter essas medicações pelo menor tempo possível”, diz Carla Guariglia.

Fontes: Dalva Poyares, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Carla Guariglia, neurologista do Hospital Samaritano, em São Paulo; Fabrício Hampshire, neurologista do Hospital Caxias D’Or e professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis, ambas no Rio de Janeiro.

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