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Novo estudo reitera: vacinas são seguras para a saúde

Análise feita a partir de 1.000 artigos mostrou que complicações – como convulsões e desmaios – são raras. E que autismo e diabetes tipo 1 nada têm a ver com a imunização.

Por Da Redação
25 ago 2011, 21h00

“Este estudo mostrou que poucos problemas de saúde estão ligados à imunização e que esses efeitos acontecem raramente. Vários estudos foram feitos para esclarecer que algumas doenças graves não são causadas por vacinas”

Ellen Wright Clayton, professora de pediatria do Centro para Ética Biomédica e Sociedade da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos.

Uma análise feita a partir de mais de 1.000 artigos científicos mostrou que as vacinas aplicadas atualmente na população mundial são seguras e que causam poucos problemas de saúde. A revisão foi realizada por um comitê de especialistas do Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos. Os especialistas revisaram a literatura médica para encontrar os possíveis efeitos colaterais da imunização. Eles encontraram evidência para 14 possíveis reações – entre convulsões, desmaios e inflamações cerebrais – mas avisaram que essas consequências são raríssimas. O estudo também mostrou que não há razões para associar o surgimento de doenças graves como autismo e diabetes tipo 1 à aplicação de vacinas. Os pesquisadores mostraram ainda que não há nenhuma relação entre a vacina de gripe com a paralisia ou com a piora do quadro de asma.

A pesquisa é importante para desmistificar crenças que podem influenciar a população na hora de tomar uma vacina. Exemplo disso é o estrago feito pelo artigo fraudulento do médico britânico Andrew Wakefield, que associou o aparecimento do autismo à vacina tríplice viral. Depois da publicação, muitos pais deixaram de vacinar seus filhos contra sarampo, rubéola e caxumba, o que contribuiu para um aumento de casos de sarampo nos Estados Unidos e em alguns países europeus.

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As vacinas são uma das protagonistas da revolução na medicina ocorrida nos últimos 100 anos. Em 1900, a cada 1.000 bebês nascidos nos Estados Unidos, 100 morriam antes de completar seu primeiro aniversário; e, além delas, cinco antes de fazer cinco anos. Segundo dados de 2007, menos de sete crianças morrem antes do primeiro aniversário e, além delas, 0,29 a cada 1.000 antes dos cinco anos de idade. Isso deve-se à popularização da vacina e de outros recursos médicos.

Efeitos colaterais – Como todo medicamento, as vacinas também podem apresentar raros efeitos colaterais. Segundo o relatório, evidências mostram que a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) pode causar convulsões desencadeadas por febre alta. Os pesquisadores reiteram que, em geral, esses efeitos não tiveram consequências em longo prazo. Em pessoas com problemas no sistema imunológico, a vacina pode provocar uma forma rara de inflamação cerebral. Já em uma minoria de pacientes, a vacina contra a catapora pode provocar edema cerebral, pneumonia, hepatite, meningite, herpes zoster, além de catapora em pessoas com sistema imunológico comprometido.

Vale ressaltar que a maioria das reações encontradas ocorreram em indivíduos com imunodeficiências, que aumentaram a vulnerabilidade aos vírus vivos utilizados na tríplice viral e na vacina contra a catapora. A pesquisa mostrou que seis vacinas – tríplice viral, catapora, influenza, hepatite B, meningite e antitetânica – podem desencaderar anafilaxia, uma reação alérgica que aparece logo após a injeção. O relatório mostrou também que algumas pessoas podem desmaiar durante a aplicação da vacina. Outros podem ter inflamação no ombro.

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A tríplice viral pode provocar dores nas articulações de mulheres e crianças. A vacina contra o HPV também pode causar anafilaxia. Imunizações contra a gripe podem resultar em um leve inchaço, conjuntivite e sintomas respiratórios leves.

Os pesquisadores ressaltaram que é preciso de provas sólidas para estabelecer uma relação de causa efeito entre uma vacina e um resultado direto na saúde. As conclusões da comissão foram baseadas em pontos fortes e fracos de vários tipos de estudos. Em muitos casos, as evidências disponíveis apresentavam resultados conflitantes ou formas inadequadas de elaboração da pesquisa.

“Este estudo mostrou que poucos problemas de saúde estão ligados à imunização e que esses efeitos acontecem raramente. Além disso, vários estudos foram feitos para esclarecer que algumas doenças graves não são causadas por vacinas”, disse Ellen Wright Clayton, professora de pediatria do Centro para Ética Biomédica e Sociedade da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos.

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