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Nova dieta Dukan chega ao Brasil

Famoso por criar a "dieta da princesa", o francês Pierre Dukan lança livro com fórmula menos rigorosa e mais fácil de seguir

Por Carolina Melo
Atualizado em 24 Maio 2016, 16h29 - Publicado em 5 abr 2015, 18h25

Neste momento, 50 milhões de brasileiros estão em guerra contra a balança. Somente 2% deles, no entanto, conseguem manter a nova silhueta por mais de dois anos. O restante ou abandona o projeto de emagrecimento ou até consegue perder os quilos em excesso, mas volta a recuperá-los rapidamente. A explicação para tamanho fracasso, segundo os especialistas, está no fato de que a imensa maioria das pessoas adere a regimes extremamente restritivos -aqueles que eliminam um grupo inteiro de alimentos. E, quanto mais limitado o cardápio, mais difícil ele é de ser seguido. “Todas as dietas fazem emagrecer, o desafio é criar um método que faça as pessoas seguirem em longo prazo”, diz o endocrinologista Walmir Coutinho, diretor de ensino e pesquisa do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro.

Na tentativa de arrebanhar mais adeptos e transformá-los em fiéis seguidores, de tempos em tempos, os regimes mais rigorosos ganham versões mais suaves. É neste filão que agora investe o francês Pierre Dukan. Acaba de chegar ao Brasil, seu mais recente livro A Escada Nutricional — uma alternativa ao método Dukan Clássico, no qual propõe uma alternativa mais branda para a sua famosa “dieta da princesa”. Disse ele a VEJA: “Muita gente está um pouco acima do peso e não se sente pressionada a emagrecer tão rapidamente. Para elas, é melhor seguir um regime mais flexível, que funcione e seja educativo”.

Criada na década de 70, a fórmula clássica de Dukan só ganhou repercussão depois de emagrecer a hoje duquesa de Cambridge Kate Middleton, para seu casamento com o príncipe William, em 2011. O método original consiste na redução drástica de carboidratos. Nas primeiras etapas do programa, são permitidos 100 alimentos, dos quais 66 tipos proteínas e 34 de legumes e verduras. Em cinco dias, a perda de peso vai de três a inacreditáveis cinco quilos. Não é à toa que o livro Eu não consigo emagrecer já tenha sido traduzido para 56 idiomas e vendido 11 milhões de cópias no mundo, 800 mil delas no Brasil. No país, ele se mantém há 107 semanas na lista dos mais vendidos de VEJA. “A exclusão dos carboidratos da dieta causa uma rápida perda de peso porque o organismo, em um primeiro momento, queima os estoques de gordura”, explica o nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo. “O problema é que, em longo prazo, sem carboidratos, o organismo passa a buscar energia na massa magra.”

Ao contrário do programa original de Dukan, que é realizado ao longo de quatro fases (ataque, transição, consolidação e estabilização) por tempo indeterminado, a nova dieta dura uma semana. Na segunda-feira ela se alimenta exclusivamente de proteínas e, ao longo da semana, vai inserindo outros tipos de alimentos (veja a nova dieta na lista abaixo). No domingo, é a glória. A chamada “refeição de gala” prevê uma refeição completa com aperitivo, entrada, prato principal, sobremesa e uma taça de vinho. No dia seguinte, no entanto, de volta à dureza das proteínas magras. “A pessoa sofre menos e, por isso, tende a manter-se no método por mais tempo”, diz o endocrinologista Mário Kehdi Carra, diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. A perda de peso gira em torno de 800 gramas semanais. “A introdução dos carboidratos ao longo da semana é um ponto positivo, já que a falta deles podem provocar muita irritabilidade em algumas pessoas”, diz a nutricionista Carla Cotta, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Em apenas nove meses, desde seu lançamento na Europa, o novo livro já vendeu 600 000 cópias.

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A fama conquistada com sua dieta levou Dukan ter seu registro de médico cassado, no ano passado. A Ordem dos Médicos argumentou que a promoção comercial de seu programa de emagrecimento era incompatível com a ética que rege a profissão. Formado em neurologia pela Universidade de Paris, àquela altura a cassação não lhe causou maiores danos. Dukan já estava aposentado da prática clínica havia dois anos e vivia (muito bem, frise-se) dos rendimentos de sua fórmula. A carreira como celebridade da dieta, calcula-se, rendeu-lhe em torno de 650 milhões de dólares. Além dos 20 títulos (13 milhões de exemplares vendidos no mundo), o ex-médico possui uma linha de alimentos que leva seu nome.

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