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Níveis de atividade física, e não de sedentarismo, indicam risco de obesidade entre crianças

Novo estudo mostrou que jovens que se exercitam mais tendem a apresentar um peso menor - e que isso não muda com a quantidade de tempo em que passam no sofá em frente à televisão

Por Da Redação
16 jan 2013, 11h06

Algumas pesquisas já mostraram que muito tempo de sedentarismo pode provocar excesso de peso e aumentar o risco de doenças cardiovasculares, independentemente da prática de atividade física. No entanto, o mesmo não vale para as crianças, segundo um novo estudo americano. Para elas, o maior fator de risco para a obesidade é a falta de exercícios físicos, e não o tempo em que passam sentadas em frente à televisão. Ou seja, quanto mais atividade física um jovem pratica, menos gordura corporal ele irá acumular, não importa quantas horas ele passe em frente à televisão. Essas conclusões foram publicadas na edição desta semana do periódico The Journal of Pediatrics.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Which Contributes More to Childhood Adiposity-High Levels of Sedentarism or Low Levels of Moderate-through-Vigorous Physical Activity? The Iowa Bone Development Study

Onde foi divulgada: periódico The Journal of Pediatrics

Quem fez: Soyang Kwon, Trudy Burns, Steven Levy e Kathleen Janz

Instituição: Universidade Northwestern, Estados Unidos

Dados de amostragem: 554 meninos e meninas de 8 a 15 anos de idade

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Resultado: A quantidade de atividade física, e não o tempo de sedentarismo, interfere no risco de uma criança ter excesso de peso e obesidade

Segundo a coordenadora da pesquisa, Soyang Kwon, pediatra da Universidade Northwestern, em Chicago, uma possível explicação para essa diferença entre adultos e crianças está no fato de que os mais jovens são, em geral, mais ativos do que pessoas mais velhas. Kwon ressalta que isso não quer dizer que o estudo apoie o sedentarismo entre crianças. “Nossa pesquisa suporta as diretrizes atuais para a prática de atividade física”, diz. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos recomenda que crianças e adolescentes realizem atividades da mesma intensidade de uma caminhada rápida (cerca de 5,5 quilômetros por hora) durante uma hora todos os dias.

As conclusões desse novo estudo se basearam nos dados de 277 meninos e 277 meninas de oito a 15 anos de idade que foram acompanhados ao longo de nove anos. Durante esse período, esses jovens tiveram sua composição corporal, teor de gordura e densidade óssea medidos. Além disso, eles usaram, em dias específicos, um acelerômetro, aparelho que mede o movimento do corpo e a intensidade das atividades.

Fator determinante – A partir desses dados, os pesquisadores observaram, por exemplo, que meninos de 13 anos que realizavam a mesma quantidade de atividade física diária tinham, no geral, teor de gordura corporal idêntico mesmo se passassem mais, menos ou o equivalente a seis horas e meia do dia sentados. Essa relação valeu mesmo entre aqueles que praticavam as menores quantidades de exercícios ao dia.

No entanto, os meninos que se exercitavam durante menos tempo e com a menor intensidade pesavam, em média, cinco quilos a mais do que os que praticavam atividades físicas mais intensas e por mais tempo, independentemente das horas em que passavam sentados. Entre as meninas, essa diferença de peso foi de três quilos entre as que realizavam mais e menos atividades físicas. Essa relação foi encontrada em todas as faixas etárias.

Perigo nas telas – As conclusões dessa pesquisa não devem, contudo, incentivar os pais a permitirem que seus filhos dediquem muitas horas do dia ao sofá e à televisão. Isso porque o hábito já foi associado a uma série de riscos à saúde, como depressão, maus hábitos alimentares e problemas psicológicos e de aprendizado. Além disso, pode desestimular uma criança a sair do sofá e realizar outras atividades, como brincadeiras que exijam movimento ou então algum esporte – elevando, portanto, o risco de excesso de peso.

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