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Na Califórnia, a legalização da maconha é derrotada

Proposta 19 não passou - mas defensores da descriminalização não desistem

Por Da Redação
3 nov 2010, 08h00

Só o fato de a Proposta 19 ter colocado o tema em destaque já pode ser considerado uma vitória dos defensores da legalização. “O mundo inteiro está vendo”, disse o ativista Dale Sky Jones

Os californianos votaram nesta terça-feira contra a legalização da maconha no estado, encerrando uma intensa campanha que foi seguida com grande interesse dentro e fora dos Estados Unidos. O resultado ainda não é oficial. De acordo com a imprensa americana, porém, ele deve coincidir com o antecipado pelas últimas pesquisas, que mostravam a oposição majoritária à descriminalização da droga, atualmente é autorizada na Califórnia sob prescrição facultativa, para o tratamento de doenças que vão desde a insônia até o câncer.

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Horas antes do fechamento dos colégios eleitorais, os defensores do projeto já antecipavam a possível derrota da chamada Proposta 19. Para eles, porém, só o fato de ter colocado o tema em destaque já pode ser considerado uma vitória dos defensores da legalização. “O mundo inteiro está vendo”, disse o ativista Dale Sky Jones. Stephen Gutwillig, diretor da organização Drug Policy Alliance, concorda: “A Proposta 19 teve impacto no debate nacional sobre a maconha e colocou a legalização entre os temas principais da política nos Estados Unidos”.

Longe de jogar a toalha, o movimento que persegue a descriminalização da maconha fez um apelo para que as pessoas que apoiaram a Proposta 19 sigam defendendo essa causa. “Como muitas outras coisas pelas quais o povo trabalhou em nome da Justiça e do bom senso, algumas vezes requerem um caminho mais longo do que nós gostaríamos”, disse John Russo, ativista da cidade de Oakland, no norte da Califórnia. Defendida principalmente pelos jovens e pelo eleitorado do Partido Democrata, a Proposta 19 tinha o objetivo de equiparar a maconha com o tabaco e o álcool, o que regularia seu cultivo, comércio e consumo para maiores de 21 anos no estado.

Seus defensores – que incluíam o bilionário George Soros, alguns juristas e economistas – argumentam que a aprovação representaria uma importante fonte de receitas para os cofres públicos e a redução substancial dos custos de detenções associadas à maconha. Os críticos entenderam que as razões econômicas não são suficientes para transformar a droga em um produto de consumo e consideraram que a legalização estimularia a dependência, o maior risco de acidentes associados ao uso em exagero e um acesso mais fácil para os jovens.

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Além disso, diversos estudos questionaram o efeito que a descriminalização da maconha na Califórnia teria sobre o narcotráfico. Na mesma linha se manifestaram os líderes latino-americanos e sócios dos EUA na luta contra os cartéis da droga no continente, que qualificaram o referendo de legalização da maconha como “incongruente” com os esforços para acabar com o tráfico de entorpecentes. A aprovação da Proposta 19 teria sido uma dor de cabeça para o governo de Barack Obama, já que a maconha é ilegal em nível federal no país.

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(Com agência EFE)

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