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Mundo deve se unir para enfrentar crise dos antibióticos, dizem especialistas

Em artigo na "Nature", pesquisadores afirmam que a resistência antimicrobiana exige uma resposta mundial na mesma escala que os esforços contra as mudanças climáticas

Por Da Redação
22 Maio 2014, 19h47

Depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecer que a resistência a antibióticos deixou de ser uma ameaça e se tornou uma realidade na saúde pública global, dois especialistas dizem que o problema exige uma resposta mundial na mesma escala que os esforços contra as mudanças climáticas.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Policy: An intergovernmental panel on antimicrobial resistance​

Onde foi divulgada: periódico Nature

Quem fez: Mark Woolhouse e Jeremy Farrar

Instituição: Universidade de Edimburgo, na Escócia, e fundação ​Wellcome Trust

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Resultado: Os especialistas sugerem que a resistência a antibióticos exige uma resposta mundial na mesma escala que os esforços contra as mudanças climáticas.

Em um artigo publicado na revista Nature nesta quinta-feira, Mark Woolhouse, professor da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e Jeremy Farrar, diretor da fundação Wellcome Trust, argumentam que tanto a resistência antimicrobiana quanto a mudança climática foram agravados pela atividade humana e que, nos dois casos, a ação de um país pode ter impacto global.

Eles alertam que a resistência aos antibióticos, causada pelo uso excessivo e incorreto desses medicamentos, está se espalhando em uma velocidade alarmante e que a resposta internacional tem sido fraca. Se nada for feito, infecções simples tratáveis há décadas e procedimentos cirúrgicos de rotina podem se tornar fatais.

Woolhouse e Farrar sugerem a criação de um órgão independente para supervisionar, reunir esforços e estabelecer metas baseadas em evidências para conter o problema e acelerar o desenvolvimento de novas terapias. Essa organização poderia trabalhar com governos e agências internacionais encarregadas de implementar suas recomendações.

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“A OMS perdeu oportunidades de mostrar liderança (contra a resistência antimicrobiana). O resultado foi o surgimento de cepas de infecções de tuberculose, malária, pneumonia e gonorreia que resistem a todas as classes conhecidas de medicamentos”, afirmou Jeremy Farrar.

Mark Woolhouse explicou que chegou a hora de tomar medidas concretas. “Nós precisamos de uma liderança independente e internacional antes que os enormes ganhos proporcionados desde a descoberta da penicilina por Alexander Fleming sejam perdidos para sempre”, disse.

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