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Mulheres devem esperar um ano após cirurgia bariátrica para engravidar

Nos primeiros meses após o procedimento ocorre perda de peso acelerada, o que pode prejudicar a nutrição do bebê

Por Da Redação
13 jan 2013, 18h28

Depois de ser submetida a uma cirurgia bariátrica, a mulher deve esperar pelo menos um ano antes de tentar engravidar. Essa é a recomendação de pesquisadores do Serviço de Saúde Pública (National Health Service) do Reino Unido, que fizeram uma revisão dos estudos recentes sobre o assunto. O artigo foi publicado nesta sexta-feira, no periódico The Obstetrician & Gynaecologist (TOG).

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Pregnancy outcome following bariatric surgery

Onde foi divulgada: periódico The Obstetrician & Gynaecologist (TOG)

Quem fez: Rahat Khan, Bashir Dawlatly e Oliver Chappatte

Instituição: Serviço Nacional de Saúde (National Health Service) no Reino Unido

Resultado: A gravidez de uma mulher que já foi submetida à cirurgia bariátrica é considerada mais segura e com menos riscos de complicações do que a de uma paciente obesa. Porém, as mulheres devem aguardar pelo menos um ano depois da cirurgia para tentar ter filhos, pois esse e o período em que ocorre uma rápida perda de peso, que leva à instabilidade eletrolítica e nutricional.

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A preocupação com o tema é decorrente do aumento da prevalência de obesidade em mulheres em idade reprodutiva. No Reino Unido, estima-se que esse número passe de 24,2%, em 2005, para 28,3% até 2015. Além disso, nos Estados Unidos, 49% dos pacientes submetidos a cirurgias bariátricas entre 2003 e 2005 foram mulheres entre 18 e 14 anos.

Espera – A gravidez de uma mulher que já foi submetida à cirurgia bariátrica é considerada mais segura e com menos riscos de complicações do que a de uma paciente obesa. Porém, os pesquisadores aconselham que as mulheres aguardem de 12 a 18 meses depois da cirurgia para tentar ter filhos.

O motivo é que o primeiro ano após a cirurgia é o período em que ocorre uma rápida perda de peso, que leva à instabilidade eletrolítica e nutricional. Esses fatores podem influenciar o desenvolvimento da gravidez, causando complicações.

Para os pesquisadores, é essencial que a mulher que passa por esse tipo de cirurgia receba também orientações relacionadas à gravidez e métodos contraceptivos, tornando-a apta a se planejar de forma consciente para uma gestação. Além disso, os autores destacam que não há uma razão que determine que essas mulheres precisem fazer parto cesariano.

Opinião da especialista

Rita Dardes

Ginecologista e obstetra da Unifesp

“Nos primeiros meses após a cirurgia, a paciente perde muito peso e também vitaminas e eletrólitos (sais minerais). Não é recomendável engravidar com essa instabilidade do organismo, porque a mulher pode ficar sem uma reserva para nutrir adequadamente o bebê.

“Algumas pacientes que se submetem à cirurgia bariátrica podem apresentar a Síndrome de Dumping, um efeito colateral que causa sensação de mal-estar, vômito, queda de pressão e sudorese fria. Isso ocorre devido à passagem dos alimentos do estômago para o intestino de forma muito rápida. No caso de gestantes, que já tendem a apresentar náuseas e pressão baixa, esses sintomas podem ficar mais intensos.

“Isso ocorre com mais frequência quanto mais próxima a gravidez da cirurgia, porque a pessoa leva um tempo para de adaptar aos novos hábitos alimentares que precisa adotar após o procedimento.

“Se a paciente estiver com as vitaminas e eletrólitos estáveis e não estiver perdendo peso, não há evidências que comprovem que ela tenha um risco maior de complicações na gravidez. Mas ela precisa ser acompanhada por uma nutricionista especializada em cirurgia bariátrica, pois ela não tem a mesma capacidade de absorção de vitaminas e nutrientes do que a de pessoas que não passaram por esse procedimento. Ela precisa de um acompanhamento multidisciplinar específico”.

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