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Mortalidade materna caiu 21% em 2011, diz ministério

Governo atribui redução acentuada no ano passado à Rede Brasil Cegonha. Índice de mortes por 100.000 nascimentos caiu pela metade em dez anos

Por Gabriel Castro
25 Maio 2012, 10h15

A mortalidade materna no Brasil caiu 21% nos nove primeiros meses de 2011, em comparação com o ano anterior. Entre janeiro e setembro do ano passado, 1.038 mulheres morreram por complicações na gravidez ou durante o parto. No mesmo período de 2010, foram 1.317 mortes.

Os números, divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde, mostram uma aceleração na tendência de queda do índice. Entre 1990 e 2010, a taxa de óbitos de gestantes caiu quase pela metade: de 141 para 68 por 100.000 nascidos vivos. “Nos últimos dez anos a curva de redução de tendência variou sempre entre 5% e 7%. É a primeira vez que a gente chega a reduzir fortemente”, diz o ministro Alexandre Padilha.

A meta do governo é atingir um índice ainda menor, de 35 mortes por 100.000 nascimentos até 2015. “Nosso objetivo é manter essa redução na casa dos 20% ao ano”, diz Padilha.

A hipertensão é a maior causa da mortalidade materna, seguida pela hemorragia e a infecção. Desde 1990, todas as causas de morte caíram, com destaque para o aborto, que ocasionou 81,9% menos mortes.

Rede Cegonha – O Ministério da Saúde atribui a queda acentuada em 2011 à Rede Cegonha, lançada há pouco mais de um ano. O programa aplicou 2,5 bilhões de reais na melhoria da assistência à gestante. De acordo com o órgão, um dos aspectos concretos da melhora foi o aumento do número de consultas pré-natal, o que permite a detecção prévia de possíveis fatores de risco.

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Os dados foram oficialmente apresentados nesta sexta-feira pelo ministro Alexandre Padilha em uma videoconferência com secretários estaduais de saúde. O encontro virtual passará a ocorrer rotineiramente, com o objetivo específico de debater as medidas da Rede Cegonha.

Além de incentivar o acompanhamento médico das gestantes, o programa prevê a construção de novas maternidades e casas de apoio à gestante e ao bebê, além do monitoramento das crianças até os dois anos de idade. Cerca de 1.800 municípios já participam da rede. Até o fim do ano, o Ministério da Saúde espera a adesão de outros 2.400.

Um dos focos do programa é o monitoramento da qualidade do serviço. O ministério tem aplicado questionários para medir a qualidade do atendimento às gestantes na rede pública. Até agora , 9.000 mães participaram da pesquisa. Segundo o ministro Alexandre Padilha, os dados serão usados para aumentar a eficiência do serviço prestado – hoje, 24% das mulheres que deram à luz na rede pública de saúde se queixam de problemas no atendimento.

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