Modelo protesta em rede social contra agência que lhe fez perder muito peso
A britânica Charli Howard lançou alerta em uma carta aberta à empresa, que afirmou que ela estava 'muito grande' e 'fora de forma'. A modelo tem 1,72 m e veste entre 34 e 36
Após ouvir de uma agência que estava “muito grande” e “fora de forma” para ser modelo, a britânica, Charli Howard publicou em sua página no Facebook uma carta aberta na qual não mediu palavras para dizer que não iria mais se esforçar para perder peso. Charli tem 23 anos, 1,72 metro de altura e veste roupas tamanho 34 a 36. As informações são da rede britânica BBC.
Diz a carta: “Me recuso a me sentir envergonhada e triste todos os dias por não alcançar seus padrões de beleza ridículos e inatingíveis”. Em outro trecho, ela continua: “Quanto mais vocês nos fazem perder peso e sermos pequenas, mais os designers têm que fazer roupas que caibam em corpos minúsculos e mais garotas estão ficando doentes. Não é mais esta imagem que eu escolho representar. Sou um ser humano. Uma mulher. Não posso milagrosamente raspar meus ossos do quadril para reduzir de tamanho.”
Nas redes sociais, a carta foi compartilhada por milhares de pessoas, e a modelo recebeu inúmeras mensagens de apoio.
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Em entrevista à BBC, Charli ainda falou sogre a repercussão da carta: “Não esperava isso. O trabalho de modelo é muito solitário e achei que estaria sozinha nessa. Mas o fato de ter sido tão compartilhado mostra que isso está afetando todo mundo: homens, mulheres, transgênero, pessoas de culturas diferentes. É um problema mundial.”
Charli afirmou à BBC que havia chegado a seu limite quando passou a questionar vestir seu manequim natural (entre 34 e 36). Contou também que sua atitude foi inspirada pela de outras modelos, como a também britânica Cara Delevingne. Em uma entrevista ao site Dazed, Cara disse que a indústria da moda é “horrível e repugnante”, e que a fazia se sentir oca, vazia, e a odiar o próprio corpo.
Para Charli, o governo deveria fazer alguma coisa para impedir essa situação e ensinar jovens a terem uma atitude positiva em relação a seu corpo. Na França, a luta contra a anorexia levou à criação de uma lei que proíbe a atuação de modelos com índice de massa corporal (IMC) muito baixo.
(Da redação)