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Metade das crianças asmáticas brasileiras não consegue controlar a doença

De acordo com estudo brasileiro feito na PUC-RS, as crianças convivem com crises e sintomas da doença porque os pais se esquecem de dar a medicação

Por Da Redação
18 set 2014, 09h47

Metade das crianças em idade escolar com asma convive diariamente com crises e sintomas como tosse, chiado, falta de ar e aperto no peito. Elas dormem mal, não conseguem fazer atividades físicas e podem ter ansiedade e depressão. Dados preliminares do ProAsma, um estudo realizado pelo Centro de Infantil de Pesquisas Biomédicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) com 2.500 crianças de 11 anos, mostram que o principal motivo desse descontrole da doença é que os pais se esquecem de dar a medicação aos filhos.

“Isso revela que as estratégias de combate à asma da saúde pública não estão sendo eficazes”, diz o pneumologista pediátrico Paulo Pitrez, líder do estudo. “Mais de 60% dos pais admitiram não dar o remédio às crianças por medo de usá-los, por não compreenderem que a asma é uma doença crônica ou porque não reconhecem a gravidade da doença do filho.”

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Problema de saúde pública – De acordo com dados do Ministério da Saúde, apesar de ser tratável, a asma ainda mata sete brasileiros por dia. O objetivo do ProAsma foi analisar a incidência da doença nas crianças e seu impacto na qualidade de vida. Para isso, os pesquisadores analisaram a saúde de alunos de sete escolas públicas de Porto Alegre e constataram que 20% delas tinham a doença.

“Quase 10% delas são hospitalizadas anualmente, o que resulta em um enorme problema de saúde pública e produz elevados custos diretos e indiretos para a sociedade”, alerta Pitrez.

Na segunda etapa, 290 crianças asmáticas foram avaliadas e comparadas a 315 crianças saudáveis. Elas foram submetidas a questionários sobre o controle da doença, sedentarismo, qualidade de vida e responderam sobre mitos que cercam a doença. Passaram também por avaliações físicas e nutricionais, provas de função pulmonar e testes de alergia.

Os resultados revelaram que, entre os asmáticos, 60% tinham algum tipo de alergia, 30% eram obesos ou estavam acima do peso e 60% eram sedentários. O estudo também mostrou que 55% dos asmáticos convivem com fumantes em casa – ambiente que pode aumentar a quantidade de crises.

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Falta de medicação – Além disso, quase 70% das crianças perderam dias escolares em decorrência dos frequentes ataques asmáticos e das consultas emergenciais ao médico. Entre os 50% que precisavam utilizar corticoides orais, apenas 30% faziam uso contínuo da medicação. Tipicamente, o tratamento da asma é feito com corticoides inalados e, em certos casos, broncodilatadores.

“O controle da asma é essencial para a saúde da criança e também para seu bom desenvolvimento. Crianças com asma não controlada dormem mal, não conseguem se exercitar, perdem aulas e podem apresentar quadros de ansiedade, depressão e baixa autoestima”, explica Pitrez.

Para evitar essas consequências, os pais devem compreendam a gravidade da asma e ficar atentos aos sintomas da doença, além de ter o melhor conhecimento possível sobre ela. “O mais importante é que os pais entendam que a criança tem uma doença crônica e precisa de tratamento contínuo. Assim, é possível proporcionar qualidade de vida a ela, fazendo com que leve uma vida praticamente normal.”

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