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Cientistas desenvolvem células de defesa resistentes ao vírus HIV

Se abordagem se mostrar eficaz em testes futuros, ela poderá substituir os antirretrovirais, única opção de tratamento para pacientes com aids

Por Da Redação
24 jan 2013, 10h45

Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiram desenvolver em laboratório, por meio de manipulação genética, células do sistema imunológico resistentes ao HIV. Eles conseguiram chegar a esse resultado após inserir genes que barram a ação do vírus nos linfócitos T, que são as células atacadas pelo HIV. Segundo esses especialistas, caso a eficácia dessa terapia genética seja confirmada em testes clínicos no futuro, a abordagem pode vir a substituir o coquetel, que combina ao menos três antirretrovirais e hoje é a única opção de tratamento contra a aids. A pesquisa foi publicada nesta semana no periódico Molecular Therapy, do grupo Nature.

Saiba mais

TERAPIA GENÉTICA

Tratamento que busca alterar o DNA de uma determinada célula, em busca de um resultado benéfico para a saúde de um paciente. Para isso, os cientistas precisam inserir um gene no núcleo da célula e fazer com que substitua outro. Os pesquisadores costumam usar como veículo desse gene um vírus ou retrovírus, pois esses vetores conseguem alterar o material genético de seu hospedeiro. Dentro da célula, o novo gene passa a fazer parte de seu DNA, e pode ser usado para tratar alguma doença.

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Para que o vírus HIV consiga invadir os linfócitos T, ele utiliza como porta de entrada dois tipos de proteína que ficam na superfície da célula, conhecidas como CCR5 e CXCR4. Sem esses receptores, o vírus não é capaz de entrar. O que os cientistas responsáveis por esse novo estudo fizeram foi inativar um desses receptores e, em seu lugar, acrescentar novos genes a fim de proteger as células de defesa.

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Para isso, eles quebraram a sequência de DNA do receptor CCR5 e lá inseriram três genes conhecidos por conferir resistência ao vírus da aids. Com isso, a entrada do vírus nos linfócitos é bloqueada, o que impediria o HIV de destruir o sistema imunológico do paciente. De acordo com Matthew Porteus, coordenador do estudo, no entanto, essa terapia não teria a capacidade de curar a infecção, mas sim de reproduzir o efeito do tratamento com o coquetel, com mais eficácia e menos efeitos colaterais.

(Com Estadão Conteúdo)

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