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Mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos, indica estudo

Nova pesquisa realizada por cientistas britânicos mostrou que iniciar o rastreamento nessa idade reduz em 12% o risco de morrer por câncer de mama

Por Da Redação
24 set 2015, 15h16

Mulheres saudáveis que começaram a fazer a mamografia anualmente a partir dos 40 anos tiveram 12% de redução no risco de morrer por câncer de mama. É o que diz um estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet.

A pesquisa, realizada por cientistas britânicos, avaliou dados epidemiológicos de 160.000 mulheres da Grã-Bretanha. Destas, 53.883 (grupo de intervenção) começaram a fazer o exame anualmente, a partir dos 40 anos. As outras 106.953 (grupo de controle) receberam a indicação padrão, ou seja, fizeram sua primeira mamografia aos 50 anos e repetiram o exame a cada três anos. Durante o estudo, foram registradas as ocorrências de câncer e as estatísticas de sobrevivência.

Após 17 anos de acompanhamento, os resultados mostraram que menos mulheres do grupo de intervenção morreram de câncer de mama em comparação com as do grupo de controle. As pacientes que fizeram a mamografia a partir dos 40 anos tiveram uma redução de 12% no risco de morte. Nos primeiros 10 anos de acompanhamento, essa redução foi ainda maior: 25%, em comparação com o grupo de controle.

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Na Grã-Bretanha, onde o estudo foi realizado, a recomendação é que o monitoramento comece aos 50 anos, e seja refeito a cada três anos, devido a uma associação entre a doença e os efeitos da menopausa. Já no Brasil, a recomendação padrão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que as brasileiras realizem a mamografia também a partir dos 50 anos, porém que o repitam com uma periodicidade de dois anos. Começar a realizar o exame na faixa etária entre 40 e 49 anos é indicado somente em casos de risco aumentado ou de exame clínico alterado.

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Entretanto, Fernando Maluf, oncologista e diretor do Instituto Vencer o Câncer e chefe do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, afirma que as diretrizes atuais são heterogêneas. “Muitos centros no mundo e inclusive no Brasil sugerem que o exame seja realizado a partir dos 40 anos. Essa revisão britânica comprova isso.”, afirma.

“Este estudo mostrou que, para cada 1400 mulheres que fazem mamografia anualmente a partir dos 40 anos, uma morte é evitada. Estes resultados podem mudar a recomendação de vários lugares, incluindo do Inca já que essas mulheres terão uma diminuição do risco de morte por câncer, caso comecem essa avaliação mais precocemente”, diz o oncologista.

(Da redação)

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