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Mais 10 milhões de consumidores de Viagra

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h39 - Publicado em 18 jun 2010, 22h37

Antes absoluto entre os medicamentos para combater a disfunção erétil, o pioneiro Viagra sofreu o primeiro golpe com a entrada no mercado de concorrentes como o Cialis e o Levitra, ambos em 2003. Mas sua fabricante, a Pfizer, pode recolocar a pílula azul no topo justamente a partir desta segunda-feira, primeiro dia após o vencimento da patente do remédio, que permitirá a inclusão dos genéricos na disputa.

Para antecipar a chegada dos novos concorrentes, a Pfizer anunciou, no último dia 8 de junho, a redução de 50% no valor do comprimido. Faz parte de uma estratégia que pretende amealhar 10 milhões de novos consumidores para o Viagra, a maioria vinda das classes C e D. “Nossa expectativa é trocar uma margem de lucro maior por uma quantidade maior de comprimidos vendidos. Estamos apostando em dois aspectos: mais pacientes poderão consumir o Viagra e o volume de uso por cada paciente também deve aumentar”, explica Adilson Montaneira, diretor da unidade de negócios da Pfizer Brasil.

A estratégia da Pfizer não pareceu assustar as concorrentes. As fabricantes do Cialis, Levitra e Helleva não pretendem alterar o valor do comprimido após o anúncio da Pfizer. “Não vamos entrar em uma batalha de preços porque acreditamos que o nosso valor já está estabelecido no mercado”, explica Luciano Finardi, diretor de marketing da Eli Lilly, líder no Brasil com o Cialis.

O Laboratório Cristália aposta ainda mais alto: a expectativa é que as vendas do medicamento Helleva aumentem 40% neste ano, apesar de toda a guerra na indústria e da chegada dos genéricos. “Não pretendemos baixar o preço do nosso produto. No ano passado, nós antecipamos essa ação da Pfizer abaixando o preço”, diz Ogari Pacheco, presidente do laboratório. Segundo ele, as vendas cresceram 158% em relação ao ano anterior.

Cópias lucrativas – Apesar da forte concorrência entre os fabricantes de medicamentos para disfunção erétil, o mercado ainda é bastante promissor. No Brasil há entre 20 e 25 milhões de homens com algum grau de disfunção erétil, mas apenas 1,4 milhão faz algum tipo de tratamento.

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Entre os fabricantes de genéricos, o clima é de suspense. O grupo EMS é o único laboratório autorizado a colocar o Viagra genérico nas farmácias. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o grupo detém oito registros de versões do Viagra – quatro para genéricos e quatro para similares.

Médicos já confirmaram que foram procurados pelo laboratório para a divulgação do Suvvia, que será o similar do Viagra, e já possui registro na Anvisa. “Estamos preparados para que o produto seja lançado de maneira rápida, para o Brasil inteiro, e para que tenhamos 50% desse mercado após o final do primeiro ano de comercialização do produto”, diz Waldir Eschberger Júnior, vice-presidente de mercado da EMS.

A produção da cópia do Viagra também está no alvo de outras produtoras de genéricos. “Todas as empresas estão trabalhando para obter o registro do produto. Pelo tamanho do mercado e a importância do medicamento, é um produto de grande interesse das fabricantes de genéricos”, diz Odnir Finotti, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos).

Por lei, o valor do genérico deve ser 35% mais baixo do que o medicamento de referência. “Todos os nossos dados mostram até o momento que, com a chegada do medicamento genérico, as vendas do produto dobram no primeiro ano”, explica Finotti.

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