Primeira vacina contra a dengue tem eficácia parcial
Eficácia contra a doença foi de 30%, abaixo do objetivo da pesquisa, que previa até 70%
O laboratório francês Sanofi Pasteur, que em julho já havia anunciado alguns resultados dos testes de uma vacina contra a dengue em 4.002 crianças na Tailândia, divulgou ontem que a eficácia do novo produto é de 30,2% – abaixo dos 70% que os cientistas esperavam alcançar no início dos testes.
O laboratório já havia anunciado que a vacina tinha apenas a capacidade de proteger contra os três tipos de vírus de dengue. Entre os sorotipos DEN-1, DEN-3 e DEN-4 a taxa de eficiência ficou entre 60% e 90%. Apenas o vírus do sorotipo DEN-2 resistiu aos efeitos da vacina.
Os resultados foram publicados no periódico médico The Lancet.
Apesar dos resultados não terem alcançado totalmente o objetivo inicial, os cientistas afirmam estar satisfeitos com os resultados. Até hoje não existe nenhuma vacina nem tratamento específico contra a dengue, doença provocada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, endêmica em todas as regiões tropicais e subtropicais do planeta.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Protective efficacy of the recombinant, live-attenuated, CYD tetravalent dengue vaccine in Thai schoolchildren: a randomised, controlled phase 2b trial
Onde foi divulgada: revista The Lancet
Quem fez: Arunee Sabchareon, Derek Wallace, Chukiat Sirivichayakul, Kriengsak Limkittikul, Pornthep Chanthavanich, Saravudh Suvannadabba, Vithaya Jiwariyavej, T Anh Wartel, Annick Moureau, Melanie Savill, Alain Bouckenooghe, Simonetta Viviani, Nadia G Tornieporth e Jean Lang
Instituição: Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul
Dados de amostragem: 4.002 crianças entre 4 e 11 anos
Resultado: Mostram que o desenvolvimento de uma vacina segura contra a dengue é possível.
A doença infecta anualmente até 220 milhões de pessoas – entre elas dois milhões de crianças, que desenvolvem a forma hemorrágica, potencialmente letal. “Nosso estudo representa a primeira prova de que uma vacina eficaz contra a dengue é possível”, afirmou um dos autores do artigo, Derek Wallace, do Sanofi Pasteur.
Os testes da nova vacina foram realizados na Tailândia e envolveram 4.002 crianças com idades entre 4 e 11 anos. Um outro teste está em andamento em dez países da Ásia e da América Latina (entre eles o Brasil). Nele, 31.000 crianças e adolescentes devem receber a vacina.
A nova vacina usa um vírus atenuado (que ainda está vivo). Quando injetado no corpo, ele não provoca a doença, mas ativa o sistema imunológico, que passa produzir anticorpos. Se a pessoa futuramente acabar sendo infectada pela dengue, seu organismo já estará com uma defesa pronta, o que evitará que ela fique doente.
O desenvolvimento de uma vacina contra a doença é considerado complexo porque não existe um, e sim quatro subtipos do vírus da dengue que circulam paralelamente. Segundo os cientistas do Sanofi Pasteur, Em um primeiro momento, o teste nas 4.002 crianças se revelou decepcionante, já que a taxa de eficácia é “menor do que a projetada”, segundo o artigo.
Mas em um segundo momento, os pesquisadores se deram conta de que a vacina candidata, denominada “CYD-TDV”, tinha sido perfeitamente eficaz contra três dos quatro subtipos do vírus. Assim, a taxa de eficácia foi estabelecida entre 60% e 90% para os sorotipos DEN-1, DEN-3 e DEN-4. Apenas o vírus do sorotipo DEN-2 resistiu aos efeitos da vacina. “Contra este sorotipo, nenhuma proteção foi obtida com este teste, apesar da imunogenicidade (reação imunológica) satisfatória”, escreveram os pesquisadores da Sanofi, que assinam o artigo em conjunto com acadêmicos e clínicos tailandeses. “Esta falta de eficácia junto ao DEN-2 é surpreendente e deverá ser objeto de novas pesquisas”, diz o artigo publicado na The Lancet.
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Stefan Cunha Ujvari, médico infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor do livro A história da humanidade contada pelos vírus Stefan Cunha Ujvari, médico infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor do livro A história da humanidade contada pelos vírus Stefan Cunha Ujvari, médico infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e autor do livro A história da humanidade contada pelos vírus Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo
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