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Inquérito sobre mortes na UTI de Curitiba será entregue ao Ministério Público na próxima segunda

Caberá ao Ministério Público decidir se apresenta ou não denúncia contra a médica intensivista Virginia Soares de Souza

Por Murilo Basso, de Curitiba
1 mar 2013, 20h55

No final da tarde desta sexta-feira, a Polícia Civil do Paraná informou que o inquérito que investiga as mortes na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Evangélico deve ser concluído até a próxima segunda-feira. Após a conclusão, o documento será encaminhado ao Ministério Público (MP) – caberá ao órgão decidir se apresenta ou não denúncia contra a médica Virginia Soares de Souza à Justiça. Chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, Virginia foi indiciada por homicídio qualificado.

“O Departamento da Polícia Civil reafirma que os autos estão sendo conduzidos dentro dos parâmetros legais com o acompanhamento do Ministério Público do Estado do Paraná e será entregue ao mesmo, devidamente concluído e dentro do prazo legal, na próxima segunda-feira”, afirma nota divulgada no site da Polícia Civil.

O Departamento da Polícia Civil aproveitou também para criticar indiretamente a postura da defesa da médica. “A Polícia Civil lamenta que pessoas que, em razão da profissão, possuem cópias dos autos de inquérito policial que apura mortes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral de um hospital de Curitiba, induzem os meios de comunicação, divulgando em uma oportunidade a errata, para posteriormente divulgar a verdade contida nos autos com o objetivo sórdido de denegrir a imagem da instituição policial civil e tumultuar o andamento das investigações.”

Prontuários – Já Elias Mattar Assad, advogada de Virgínia, revelou que conseguiu uma ordem judicial para acessar os prontuários originais de pacientes envolvidos na investigação. “Tenho 11.200 cópias de prontuários pertinentes à investigação”, disse à reportagem de VEJA. “No entanto, solicitei ao hospital os originais para que pudesse confrontá-los e fui informado que todos os originais estão com a Polícia. Isso é absurd!”, completou.

A defesa agora pretende desqualificar o uso de tais documentos no inquérito. “Assim como ocorreu aquele problema com a gravação do áudio, é plenamente possível que possa ter acontecido algo semelhante com esses prontuários”, concluiu. O advogado se refere à transcrição das escutas telefônicas autorizadas judicialmente que embasaram a prisão da médica Virgínia Soares de Souza. A Polícia Civil do Paraná trocou alguns termos, que precisaram ser corrigidos. De acordo com um trecho do inquérito que investiga o caso, Virgínia teria dito que estava “com a cabeça tranqüila para assassinar”. No entanto, segundo correção, a frase seria “com a cabeça tranqüila para raciocinar”.

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