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Hospital paulistano integra estudo mundial sobre braquiterapia

O Hospital A. C. Camargo foi o único da América Latina a participar do levantamento sobre o uso de braquiterapia com irídio 192 em casos de câncer de próstata

Por Aretha Yarak
4 Maio 2012, 22h04

Um estudo publicado recentemente no periódico médico Brachytherapy aponta que o câncer de próstata pode ser controlado em 90% dos casos em que é utilizado o elemento químico irídio 192 com a técnica conhecida como braquiterapia de alta taxa de dose. A pesquisa, conduzida pela Sociedade Americana de Braquiterapia, também estabelece, pela primeira vez, os parâmetros para uso do elemento. O Hospital A. C. Camargo foi a única instituição da América Latina a fazer parte do levantamento – os demais centros eram dos Estados Unidos e da Europa.

A braquiterapia é uma técnica que consiste na inserção – por meio de um cateter ou com a ajuda de uma agulha – de uma “semente” de metal radioativo na próstata. No caso da braquiterapia com irídio 192, a “semente” do elemento, que possui 2,9 milímetros de comprimento e 0,5 milímetro de diâmetro, é deixada na região por alguns segundos, emitindo radiação diretamente no câncer, e retirada em seguida.

A braquiterapia mais conhecida é a feita com o iodo 125. “O iodo não é retirado, ele fica no órgão para sempre. Com o irídio isso não acontece”, diz Antônio Cássio Pellizon, diretor do serviço de braquiterapia do A. C. Camargo. O irídio possui uma atividade mais alta, ou seja, tem uma ação mais profunda nos tecidos. Por isso, ele é retirado.

“Esse é o primeiro levantamento que confirma que a técnica é eficaz e pode – deve – ser usada no tratamento do câncer de próstata”, diz Pellizzon, sobre a pesquisa da Sociedade Americana de Braquiterapia.

Resultado – Na revisão, foram analisados 7.107 pacientes com tumores de graus baixo, intermediário e alto (o grau do tumor depende da velocidade com que ele se desenvolve). A doença foi controlada em 90% dos casos.

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Em apenas 5% dos pacientes, a toxidade foi alta (quando há efeitos colaterais, que podem variar desde vômitos e perda de cabelo durante o tratamento até casos de trombose). Mais de 80% dos pacientes conseguiram manter a função erétil e menos de 5% tiveram retenção urinária.

O resultado é surpreendente se comparado com outros procedimentos para câncer de próstata. Em média, a função erétil é preservada em cerca de 15% dos procedimentos cirúrgicos para tratar tumores do tipo.

O A. C. Camargo adota a técnica desde 1997 e já fez o tratamento em mais de 600 pacientes – os 209 primeiros casos entraram no levantamento americano.

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