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Hormônio presente no sangue reverte envelhecimento do coração

Pesquisa realizada com camundongos pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos para a insuficiência cardíaca relacionada à idade

Por Da Redação
9 Maio 2013, 15h19

Uma pesquisa realizada por diversas instituições americanas, como o Instituto de Células-Tronco da Universidade Harvard, descobriu que um hormônio sanguíneo, conhecido como “fator de diferenciação do crescimento 11” (GDF11, na sigla em inglês), pode reverter os sinais de envelhecimento cardíaco. A insuficiência cardíaca é uma das doenças mais comuns em pessoas com idade avançada, e ainda não existem tratamentos específicos para ela.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Growth Differentiation Factor 11 Is a Circulating Factor that Reverses Age-Related Cardiac HypertrophyRT3 Reverses Aging-Associated Degeneration

Onde foi divulgada: periódico Cell

Quem fez: Claudia Dall’Osso, Danika Khong, Jennifer L. Shadrach, Christine M. Miller, Britta S. Singer, Alex Stewart, Nikolaos Psychogios, Robert E. Gerszten, Adam J. Hartigan, Mi-Jeong Kim, Thomas Serwold, Amy J. Wagers e Richard T. Lee

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Instituição: Instituto de Células-Tronco de Harvard, EUA

Resultado: Os pesquisadores descobriram que o hormônio fator de diferenciação do crescimento 11 (GDF11) é capaz de reverter o envelhecimento cardíaco. Camundongos idosos que foram tratados com injeções desse hormônio apresentaram células do tecido muscular cardíaco menores e espessura da parede muscular do coração semelhante à de um animal jovem.

A pesquisa foi realizada com camundongos idosos, os autores esperam obter pistas para um possível tratamento de insuficiência cardíaca em seres humanos no futuro. “Existem evidências de fatores circulantes na corrente sanguínea de mamíferos que podem provocar o rejuvenescimento de tecidos, mas eles ainda não foram identificados. Este estudo encontrou o primeiro fator desse tipo”, afirma Richard Lee, um dos principais autores do estudo, publicado nesta quinta-feira no periódico Cell.

A insuficiência cardíaca acontece quando o coração não consegue bombear a quantidade necessária de sangue, o que causa fadiga e dificuldade para respirar. Sua incidência tem aumentado entre os idosos. A forma mais comum da doença é caracterizada pelo aumento de espessura do músculo cardíaco.

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Experimento – Para identificar as moléculas do sangue responsáveis pela doença, os pesquisadores utilizaram uma conhecida técnica experimental: eles uniram cirurgicamente camundongos novos e idosos, de forma que seus sistemas circulatórios se transformaram em um só. Ao ser exposto ao sangue do animal mais jovem, o camundongo idoso apresentou uma reversão do espessamento do tecido cardíaco.

Os pesquisadores então procuraram no sangue as moléculas que se modificam com a idade e descobriram que os níveis do hormônio GDF11 eram menores no camundongo mais velho, em comparação com o mais jovem.

Em outra etapa da pesquisa, camundongos idosos foram tratados com injeções de GDF11 e apresentaram reversão dos sintomas de envelhecimento cardíaco. As células do tecido muscular cardíaco se tornaram menores e a espessura da parede muscular do coração ficou semelhante à de um animal jovem.

“Se algumas doenças relacionadas à idade se devem à perda de um hormônio da circulação, é possível que corrigir os níveis desse hormônio seja benéfico. Nós esperamos que um dia a insuficiência cardíaca relacionada à idade possa ser tratada da mesma forma em humanos”, afirma Amy Wagers, autora principal do estudo junto com Lee.

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