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Hormônio é culpado por criar ‘espaço’ para sobremesa

Grelina, que sinaliza no cérebro a vontade de comer, faz com que um pessoa que já está saciada sinta fome quando se depara com um alimento calórico

Por Da Redação
26 jun 2012, 16h35

A grelina, conhecida como o ‘hormônio da fome” por induzir a vontade de comer, pode ser a culpada por uma pessoa, mesmo depois de comer bastante, ainda arranjar um “espaço” para a sobremesa. Segundo um novo estudo apresentado no 94º Encontro Anual da Sociedade de Endocrinologia, que acontece até esta terça-feira em Houston, nos Estados Unidos, esse hormônio aumenta a sensação de recompensa que ocorre no cérebro quando ingerimos um alimento calórico, fazendo com que uma pessoa que está saciada se comporte como se estivesse com fome.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: The Role of Ghrelin in Reward-Based Feeding

Onde foi divulgada: 94º Encontro Anual da Sociedade de Endocrinologia, em Houston, EUA

Quem fez: Veronique St-Onge e Alfonso Abizaid

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Instituição: Universidade Carleton, no Canadá

Resultado: O hormônio grelina pode ser responsável por uma pessoa sentir vontade de comer uma sobremesa ou outro alimento calórico mesmo se estiver saciada. Ratos que tiveram seus receptores de grelina desativados ingeriram menores quantidades de um biscoito após comerem grandes quantidades de ração do que os animais cujos receptores do hormônios estavam ativados

A pesquisa chegou a essa conclusão após realizar testes com ratos. Nos experimentos, os animais podiam comer a quantidade que quisessem de ração durante quatro horas. Quando eles ingeriam mais ração do que o habitual, os pesquisadores lhes davam 30 gramas de biscoito na última hora do período de alimentação. Depois, o comportamento dos ratos que tiveram desativados seus receptores de grelina foi comparado ao dos animais que possuíam os receptores do hormônio ativos.

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Segundo o estudo, os ratos de ambos os grupos comeram, em média, a mesma quantidade de ração. Porém, aqueles que não tinham o receptor de grelina ingeriram seis gramas de biscoito, enquanto os outros animais comeram oito gramas. Para os pesquisadores, essa diferença é significativa quando é considerado o peso corporal de cada rato.

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“Combinado com um estilo de vida cada vez mais sedentário da população, o consumo exagerado de alimentos ligados ao sistema de recompensa do cérebro (alimentos cujo valor calórico supera as necessidades do organismo) pode ser um dos responsáveis pela atual epidemia de obesidade que vivemos”, diz Veronique St-Onge, pesquisadora da Universidade Carleton, no Canadá, e coordenadora do estudo. “Por isso, os receptores do hormônio grelina podem representar um importante alvo para o tratamento da obesidade.”

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