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‘Hormônio do amor’ tem efeitos similares ao álcool

A oxitocina é uma das substâncias que mais impactam no comportamento humano. Ela é capaz de aumentar a confiança, as interações sociais -- e também a agressão

Por Da Redação
20 Maio 2015, 13h53

Beber uma taça de vinho pode provocar efeitos similares ao de uma paixão avassaladora. É o que sugere um novo estudo publicado na revista científica Neuroscience and Biobehavioral Reviews. Isso ocorre graças às semelhanças encontradas entre a oxitocina, conhecido como “hormônio do amor”, e os efeitos do álcool no organismo.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, decidiram revisar diversos estudos sobre as duas substâncias. “Reunimos as pesquisas já existentes sobre a oxitocina e o álcool e fomos surpreendidos pelas inacreditáveis similaridades entre os dois compostos”, explicou Ian Mitchell, um dos autores do estudo.

Sabe-se que a oxitocina afeta o comportamento social, aumentando altruísmo, generosidade, empatia e a confiança nos pares. A substância também possui efeitos sociocognitivos: ao suprimir a ação do córtex pré-frontal e dos circuitos corticais límbicos, ela remove os freios de inibidores sociais como medo, ansiedade e stress.

“Os compostos agem em diferentes receptores cerebrais, mas causam as mesmas ações nos circuitos neurológicos que controlam a forma como percebemos o stress ou a ansiedade, principalmente em situações de tensão social como em entrevistas de emprego ou até mesmo para criar coragem e convidar alguém para sair”, afirma Mitchell. “Por isso, a ingestão de álcool ou a inalação de oxitocina tornam essas situações menos assustadoras”, explicou.

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Por outro lado, os pesquisadores alertam que, assim como o álcool, a oxitocina também tem efeitos negativos. As pessoas podem se tornar mais agressivas, prepotentes, ciumentas e invejosas. Além disso, os compostos também podem afetar a percepção em relação ao medo, aumentando a exposição a situações de risco.

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“Não acredito que a oxitocina será utilizada socialmente como uma alternativa ao álcool. Mas é um composto fascinante e, longe de assuntos do coração, tem uma possível utilização no tratamento de condições psicológicas e psiquiátricas. Ao entender exatamente como ela suprime certos modos de ação e altera nosso comportamento, conseguiremos fornecer benefícios reais para muitas pessoas.”, afirma Steven Gillespie, pesquisador da Universidade de Birmingham.

Até a década de 80, a oxitocina estava associada a dois processos fisiológicos envolvidos na maternidade: as contrações uterinas no momento do parto e a liberação de leite na amamentação. Hoje, já se sabe que o hormônio ativa as regiões cerebrais relacionadas a sensações de autoconfiança, vínculos de afeto e relaxamento.

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(Da redação)

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