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Hollywood limita cenas com cigarros nos filmes

No ano passado foram 1.935 "incidentes", contra 3.967 em 2005

Por The New York Times
21 ago 2010, 16h12

Remember Me, classificado para 13 anos, foi apontado como o grande exemplo de filme voltado para a juventude que mostra o herói fumando

Os números estão aí: Hollywood realmente está apagando a fumaça em seus filmes. Os Centros de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos Estados Unidos divulgou na quinta-feira um relatório que mostra que cenas de tabagismo em filmes de grande bilheteria caíram para 1.935 “incidentes” no ano passado, 49% menos que o pico recente de 3.967 aparições em 2005. O estudo define como incidente o uso ou a forma implícita de um produto a base de tabaco por um ator, com um novo incidente ocorrendo a cada vez que um derivado do tabaco sai e volta da tela, ou quando um ator diferente é mostrado com tabaco.

Nos últimos anos, os grandes estúdios têm adotado políticas para limitar a aparição de tabaco em filmes, em especial nos que são destinados ao público jovem. Em 2008, o órgão que define a faixa etária de produtos de entretenimento passou a incluir situações de tabagismo para restringir a idade recomendada para exibição.

Os dados divulgados na quinta-feira foram incluídos em um relatório de morbidade e mortalidade pelos CDC e foram compilados por pesquisadores sob a supervisão de Stanton Glantz, diretor do Centro de Pesquisas e Educação para o Controle do Tabaco da Universidade da Califórnia, em São Francisco, que tem usado sua posição para se opor ao tabagismo em filmes. “Este é um substancial passo adiante”, disse Glantz na entrevista que se seguiu à divulgação do relatório.

Mas Glantz assinalou que seu grupo descobriu que mais da metade de todos os filmes destinados ao público maior de 13 anos avaliados mostravam cigarros. Recentemente, o site scenesmoking.org, para o qual Glantz coladora, apontou Remember Me, classificado para 13 anos, como um exemplo de filme voltado à juventude que mostra o herói sonhador com um cigarro na mão.

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O novo estudo, pago pela American Legacy Foundation e pelo Programa de Controle do Tabaco da Califórnia, examinou cenas com fumo entre os filmes de maior bilheteria entre 1991 e 2009. Em geral, o estudo constatou que o número de incidentes com cigarros em cena subiu e caiu na década de 1990. Em seguida, subiu até atingir o pico em 2005, antes de diminuir. Estima-se entre 30 bilhões e 60 bilhões o número de “impressões” de tabaco em espectadores a cada ano, entre 1991 e 2001. O número caiu para 17 bilhões no ano passado. A impressão significa que uma pessoa viu um incidente com cigarro.

Na entrevista coletiva de quinta-feira, Glantz disse que Avatar, um filme classificado para 13 anos, em que Sigourney Weaver aparece com destaque fumando, tinha sido um dos principais responsáveis para as “impressões”, em cinemas e em formatos de entretenimento doméstico.

O relatório observou que um número de organizações de saúde tem pressionado a indústria cinematográfica para atribuir classificação adulta para qualquer filme que retrate o uso de tabaco – o que limitaria severamente o acesso de jovens a tais filmes. A Motion Picture Association of America, que auxilia a supervisionar a classificação etária, tem resistido às pressões por desnecessárias e restritivas.

A diretora do Centro Nacional de Saúde para Prevenção de Doenças Crônicas e Promoção da Saúde, Ursula Bauer, disse que as imagens de atores fumando continuaram a alimentar o que ela chamou de “índices inaceitáveis” de tabagismo entre jovens. “Mais trabalho precisa ser feito”, disse Ursula.

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