Guiné, Libéria e Serra Leoa vão fechar fronteira para conter ebola
Países vivem o pior surto da doença desde a sua descoberta, em 1976. Mais de 700 pessoas já morreram pela infecção neste ano
As autoridades da Guiné, Libéria e Serra Leoa anunciaram neste sábado que vão isolar regiões fronteiriças que concentram 70% dos casos de ebola registrados neste ano. Segundo comunicado oficial, os governos dos três países, que vivem a pior epidemia da doença da história, concordaram em restringir a circulação de pessoas para diminuir o risco de novas infecções.
A decisão foi tomada durante uma reunião de emergência realizada na Guiné para discutir formas de conter a epidemia. O surto já causou mais de 1.300 infecções e 729 mortes desde março no oeste africano. Na cúpula, que também teve a participação de autoridades da Costa do Marfim e da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi anunciado um plano de 100 milhões de dólares para controlar a epidemia.
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Suspensão de voos – A companhia aérea Emirates decidiu suspender, a partir deste sábado, todos os seus voos para Guiné, tornando-se a primeira empresa internacional a impor restrições em resposta ao atual surto. “A segurança dos nossos passageiros e tripulantes é da mais alta prioridade e não será comprometida”, afirmou a companhia em comunicado divulgado em seu site. A Emirates não opera voos para Libéria ou Serra Leoa.
A OMS, porém, considera baixo o risco de um turista contrair o ebola em países endêmicos, já que a doença é contraída a partir do contato com fluidos corporais (como sangue e urina) do doente, e não pelo ar, por exemplo.
Estados Unidos – Um dos dois americanos que foram infectados pelo vírus ebola durante trabalho voluntário na Libéria deve chegar neste sábado em Atlanta, nos Estados Unidos. Essa será a primeira vez em que um paciente com a doença aterrissa ao país. O outro americano deve chegar aos Estados Unidos nos próximos dias. Ambos os pacientes viajam em um jato privado equipado com tenda portátil especialmente projetada para pacientes com doenças altamente infecciosas.
(Com AFP, EFE e Reuters)