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Gordura boa é tratada como vilã na capital paulista

Pesquisa aponta que mais da metade dos entrevistados acredita que a gordura insaturada é ruim e deve ser evitada

Por Da Redação
19 jan 2012, 06h02

Nem mesmo pacientes com doenças cardiovasculares, que deveriam ter mais cuidado em suas escolhas alimentares, sabem diferenciar as gorduras boas para o coração daquelas que provocam o entupimento das artérias. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita com 600 pacientes cardíacos atendidos pelo Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.

A amostra de entrevistados contou com pacientes de todas as classes sociais. A maioria deles, ou 55% do total, acredita que a gordura do tipo insaturada deve ser evitada pelos cardíacos. Na verdade, essa classe de gordura ajuda a aumentar o colesterol bom e a diminuir o colesterol ruim – um saldo positivo para o coração, portanto.

A pesquisa mostrou ainda que alguns alimentos com fama de vilões entre os pacientes têm, na realidade, uma boa composição nutricional: é o caso da maionese, por exemplo. Mais de 84% dos entrevistados disseram acreditar que o alimento tem uma quantidade alta de colesterol e 74,4% afirmaram que o teor de gordura saturada também é alto. Mas esse tipo de produto, hoje, é pouco calórico e apresenta baixo teor de gordura, garantem os médicos.

Presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Durval Ribas Filho afirma que a má fama da maionese é resultado do modo como ela era produzida antigamente. �A maionese caseira tinha grande quantidade de gordura. Hoje, a indústria alimentícia conseguiu um perfil nutricional muito melhor para esse produto�, avalia. Outro �injustiçado� é o ketchup: 85% dos pacientes afirmaram que o produto, à base de tomate, é ruim para a saúde.

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Cardápio – Especialistas alertam que a gordura, de um modo geral, não deve ser tratada como vilã. Basta saber qual é a melhor forma para consumi-la. O cardiologista Miguel Moretti, do Hospital São Luiz, explica que todos os tipos de gordura têm seus efeitos positivos. �”Ela é fonte e reserva de energia,atua na absorção das vitaminas A, D, E e K e na formação de alguns hormônios”�, diz. O banimento da gordura, portanto, é desaconselhado.

O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Durval Ribas Filho, lembra que as membranas de todas as células do organismo têm um elemento gorduroso: os fosfolipídios. O nutrólogo esclarece que até 30% das calorias diárias indicadas para uma pessoa podem vir das gorduras. Desse total, 8% podem ser do tipo saturada.

(Com Agência Estado)

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