Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Fraturas no quadril devem aumentar 32% até 2050

A osteoporose, doença que enfraqueça os ossos, é a principal causa no aumento de fraturas entre idosos no Brasil

Por Da Redação
24 Maio 2012, 20h22

O número de fraturas no quadril, causadas por fragilidade óssea, deve aumentar em 16% até 2020 e em 32% até 2050 no Brasil. A previsão está em relatório divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Internacional para Osteoporose (IOF, sigla em inglês). Atualmente estima-se que ocorram cerca de 121.700 dessas fraturas todos os anos no país. O aumento da incidência do problema, informa o documento, é provocado pela osteoporose em idosos.

Saiba mais

OSTEOPOROSE

A doença progressiva causa a redução da densidade dos ossos do corpo, facilitando a ocorrência de fraturas. Acredita-se que ela afete 33% das mulheres na pós-menopausa no Brasil. As fraturas afetam, principalmente, idosos, sendo as lesões mais frequentes na coluna vertebral e no quadril. Entre os fatores de risco estão: déficit de cálcio na dieta, sedentarismo, constituição magra, consumo excesso de álcool, tabagismo e genética. A osteoporose é prevenida com o aumento da densidade óssea pelo consumo adequado de cálcio e de vitamina D.

Cerca de 20% da população brasileira tem 50 anos ou mais, e 4,3% tem 70 anos ou mais. Acredita-se que, todos os anos, de 153 a 343 fraturas no quadril ocorram em um grupo de 100.000 pessoas com 50 anos ou mais. Até 2050, com o aumento da expectativa de vida para 80 anos, estima-se que 37% da população terá mais de 50 anos, e que 14% terá 70 anos ou mais.

“Dadas as projeções futuras, a osteoporose e as fraturas por fragilidade se tornaram um problema de saúde de preocupação imediata. Devemos implementar medidas nacionais para prevenção, enquanto asseguramos que pessoas em risco são apropriadamente diagnosticadas e tratadas”, diz Bruno Muzzi Camargos, presidente da Associação Brasileira da Avaliação da Saúde Óssea e Osteometabolismo (ABrASSO).

As fraturas de quadril são a principal causa de sofrimento, incapacitação e morte precoce em idosos. Estudos internacionais mostram que cerca de 20% das pessoas que sofrem fratura no quadril morrem até um ano após a lesão. Uma pesquisa que analisou pacientes em um hospital no Rio de Janeiro, no entanto, mostrou que 35% haviam morrido no hospital ou logo após terem recebido alta. Os pacientes que sobrevivem à fratura, geralmente ficam deficientes e perdem a capacidade de ter uma vida produtiva e independente.

O lado positivo, no entanto, é que o Brasil é uma das poucas nações da América Latina que declarou a osteoporose uma prioridade nacional.

Continua após a publicidade

Números – O levantamento da IOF, que analisou dados de catorze países da América Latina, revelou que no Brasil, segundo estudo de 2010, com mais de 4.300 mulheres com 50 anos ou mais, 11,5% tinham algum tipo de fratura em função da osteoporose, e que 33% tinham osteoporose.

Também estima-se que 2,9 milhões de brasileiras com idades acima de 50 anos têm fraturas vertebrais, na maioria dos casos ainda não diagnosticadas. As fraturas vertebrais podem causar dor e incapacidade, levando à curvatura da coluna.

Custos – O custo do tratamento de fraturas é grande e cresce cada vez mais. O custo direto aproximado para o tratamento da fratura de quadril no Brasil varia de 3.900 dólares a 12.000 dólares em hospitais privados, ficando o paciente internado 11 dias, em média. Isso não inclui os custos indiretos associados com os cuidados pós-operatórios, reabilitação, perda de produtividade e necessidade de cuidados por um longo período de tempo.

Diagnóstico – Como em outros países ao redor mundo, existe um problema generalizado de falta de diagnóstico e de tratamento. Uma fratura por fragilidade indica um risco alto de fraturas posteriores e deve imediatamente levar a uma avaliação para osteoporose. Entretanto, um estudo mostrou que de 123 pessoas hospitalizadas por fratura no quadril, nenhuma havia feito exame para densidade óssea durante a internação;

Há uma maior incidência de fraturas entre as mulheres que vivem nas cidades do que nas áreas rurais. Por outro lado, as pessoas que vivem em áreas rurais muitas vezes não têm acesso à densitometria óssea para o diagnóstico.

Continua após a publicidade

Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre a osteoporose:

  • Causas e sintomas
  • Prevenção e tratamento

Dr. Marcelo de Medeiros Pinheiro chefe do ambulatório de osteoporose da Unifesp e reumatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

O que acontece em nosso corpo quando temos osteoporose?

Quais são as causas da doença?

Quais são os sintomas e como identificá-los?

Como diferenciar os sintomas de osteoporose daqueles do reumatismo?

Osteoporose só atinge pessoas idosas ou pode afetar jovens também? Por quê?

Por que ela atinge mais mulheres do que homens?

A tendência a ter osteoporose pode mudar conforme a cor da pele?

Remédios também podem ser uma das causas da osteoporose?

Quais doenças estão associadas à osteoporose?

  • O que acontece em nosso corpo quando temos osteoporose?
  • Quais são as causas da doença?
  • Quais são os sintomas e como identificá-los?
  • Como diferenciar os sintomas de osteoporose daqueles do reumatismo?
  • Osteoporose só atinge pessoas idosas ou pode afetar jovens também? Por quê?
  • Por que ela atinge mais mulheres do que homens?
  • A tendência a ter osteoporose pode mudar conforme a cor da pele?
  • Remédios também podem ser uma das causas da osteoporose?
  • Quais doenças estão associadas à osteoporose?

Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

Qual o melhor tratamento?

Os tratamentos têm efeitos colaterais?

Qual a importância do cálcio na prevenção da osteoporose?

Quem tem cálculo renal pode consumir cálcio?

Existe alguma outra prevenção além da ingestão de cálcio na dieta?

É recomendável se tomar complementos alimentares ou cápsulas à base de cálcio?

Que tipo de exercício físico é melhor: de baixa ou alta intensidade?

Existe cura?

  • Qual o melhor tratamento?
  • Os tratamentos têm efeitos colaterais?
  • Qual a importância do cálcio na prevenção da osteoporose?
  • Quem tem cálculo renal pode consumir cálcio?
  • Existe alguma outra prevenção além da ingestão de cálcio na dieta?
  • É recomendável se tomar complementos alimentares ou cápsulas à base de cálcio?
  • Que tipo de exercício físico é melhor: de baixa ou alta intensidade?
  • Existe cura?

(Com reportagem de Nana Queiroz)

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.