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Entidade abaixa IMC necessário para cirurgia bariátrica em pacientes diabéticos

Anúncio ocorreu durante o II Congresso de Intervenção para Terapia do Diabetes Tipo 2, em Nova York

Por Da Redação
28 mar 2011, 20h02

Segundo a entidade, pacientes com índice de massa corporal entre 30 e 35 já podem se tornar candidatos para a operação desde que não respondam ao tratamento com remédios para o diabetes tipo 2

A Federação Internacional de Diabetes divulgou nesta segunda-feira a redução do Índice de Massa Corporal (IMC – calcule aqui o seu) necessário para a cirurgia bariátrica para pacientes com diabetes. O anúncio ocorreu durante o II Congresso de Intervenção para Terapia do Diabetes Tipo 2, em Nova York.

De acordo com a entidade, pacientes com IMC entre 30 e 35 podem se tornar candidatos para a operação desde que não respondam ao tratamento medicamentoso para o diabetes tipo 2. Atualmente, pacientes nestas condições só podem se submeter à cirurgia se tiverem IMC acima de 35. Para pessoas sem problemas de saúde, a cirurgia é recomendada para quem está com o IMC acima de 40.

O documento é assinado por vinte especialistas em diabetes e em cirurgia bariátrica. O texto salienta que pacientes obesos com diabetes tipo 2 conseguem ter melhoras substanciais nos níveis da glicose – e em outras doenças relacionadas – quando fazem a cirurgia. Daí a necessidade de antecipar o procedimento para pacientes com IMC entre 30 e 35 e incluir a operação no protocolo primário do tratamento de pacientes com IMC acima de 35: isso significa que a intervenção passaria a ser uma das primeiras opções dos médicos.

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Segundo Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM), o IMC não é um fator fundamental para a operação nos casos de paciente com diabetes tipo 2, mas sim a gravidade de doenças comos hipertensão e apneia do sono, que caminham junto com a obesidade. “No Brasil, aproximadamente metade dos pacientes diabéticos não tem a doença sob controle. Isso se deve ao difícil acesso a um médico e também porque muitos não respondem bem ao tratamento”, diz Cohen.

No documento, a Federação Internacional de Diabetes defende ainda que a cirurgia para obesos mórbidos e com o diabetes tipo 2 deve ser realizada dentro dos protocolos internacionais. Isso inclui tratamento multidisciplinar, exames clínicos, reeducação alimentar e acompanhamento pós-operatório. De acordo com Paul Zimmet, diretor emérito do Baker IDI Heart and Diabetes Institute, da Austrália, e um dos autores do documento, a cirurgia bariátrica é um procedimento eficiente para os pacientes que se enquadram no perfil defendido pela Federação Internacional de Diabetes.

Segundo dados da SBCBM, cerca de 10% dos pacientes diabéticos morrem, todos os anos, por doenças cardiovasculares. Esse índice cai para 0,3% entre aqueles que passam pela operação no estômago. “Um paciente com sobrepeso de 20 quilos, que toma insulina, tem apneia e é hipertenso corre muito mais riscos do que aquele com IMC entre 30 e 35 que se submete à cirurgia bariátrica”, defende Cohen.

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