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Exames para detecção de ebola serão enviados para Belém

Souleymane Bah é atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz, e seu estado de saúde é considerado bom

Por Da Redação
10 out 2014, 11h41

O africano da Guiné, Souleymane Bah, de 47 anos, suspeito de infecção por ebola, está fazendo exames iniciais no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Maguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. A unidade é um centro de referência escolhido pelo Ministério da Saúde para o tratamento de suspeitos da doença no Brasil. Sobre o estado de saúde do paciente, o ministério informou que “até o início da noite de ontem, estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas. Está em bom estado geral e, mantido em isolamento total”.

Souleymane Bah foi transferido de avião, na manhã desta sexta-feira de Cascavel, no Paraná – onde recebeu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasília – para o Rio. Os exames de sangue serão feitos em uma unidade da Fiocruz em Belém, no Pará, por ser o laboratório de referência nacional nesse tipo de caso. A previsão é que o resultado saia nas próximas 24 horas. “Esse foi o desenho que foi feito. Tratar o paciente no Rio de Janeiro e mandar o material para confirmar ou descartar em Belém do Pará. A Fiocruz é uma casa clássica em relação a doenças infecciosas. O Instituto é um hospital que tem este perfil e esta finalidade. Foi bem escolhido e é um dos mais importantes do país “, explicou em entrevista o professor especializado em doenças infecciosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edimilson Migowiski.

De acordo com o infectologista, embora o paciente não apresente todos os sinais de contágio da doença, o isolamento é necessário para evitar que a doença se espalhe pelo país. “Frente a elevada letalidade do ebola tem que se pecar pelo excesso. Se o paciente veio de uma área com circulação do vírus e chega aqui, mesmo que seja com sinal brando, com febre baixa e quadro clínico não tão exuberante quanto o ebola costuma se manifestar, ainda assim, acho que todo o rigor deve ser feito, no sentido de limitar o contato desse paciente com outras pessoas e mantê-lo isolado até que o diagnóstico seja confirmado ou descartado”, informou. “Esse rigor da Saúde Pública para este caso me parece perfeito”, disse.

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Para o especialista, se for descartado o diagnóstico, a operação terá servido também para testar o esquema montado pelo Ministério da Saúde para o monitoramento de pacientes. “Torço para que não seja ebola e para que isto sirva basicamente como treinamento destas equipes envolvidas, para que se, por ventura, surgir algum caso confirmado, a gente tenha mais preparo e evite o risco de contaminação em nosso país”, acrescentou.

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O africano Souleymane Bah, que é comerciante, nasceu no dia 1º de janeiro de 1967, tem o 1º grau completo e, de acordo com documento do Ministério da Justiça, fez o pedido de entrada no Brasil no dia 23 de setembro deste ano. Ele saiu da Guiné, passou por Marrocos, pela Argentina e de lá entrou no Brasil com destino a Cascavel.

(Com Agência Brasil)

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