Estudo com quase 200.000 mulheres afirma que vacina contra o HPV é segura
Pesquisa mostrou que efeitos colaterais mais comuns da imunização — desmaios e infecções na pele — não são graves e já eram esperados
Uma pesquisa que acompanhou quase 200.000 meninas que receberam a vacina tetravalente contra o vírus do papilomavírus humano (HPV) concluiu que, de maneira geral, a imunização é segura e eficaz para prevenir câncer cervical e outros tipos da doença genitais e sexuais. Segundo os resultados, divulgados nesta segunda-feira no periódico The Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, os principais efeitos colaterais decorrentes da vacina foram desmaios no mesmo dia e infecções da pele até duas semanas após a vacinação.
O estudo foi conduzido pelo Centro de Pesquisas em Vacinas Kaiser Permanente e financiado pelo laboratório Merck, a única companhia farmacêutica que disponibiliza a vacina tetravalente. Essa vacina age contra quatro cepas independentes do HPV e é indicada para mulheres de nove a 26 anos como forma de prevenção de câncer e lesões pré-cancerosas de colo de útero e vagina. A imunização também é recomendada para ambos os sexos da mesma faixa-etária para a prevenção de verrugas genitais.
Leia também:
Senado aprova vacina contra HPV para meninas
Academia Americana de Pediatria recomenda vacina contra HPV também para meninos
As participantes da pesquisa receberam ao menos uma dose da vacina entre 2006 e 2008 e foram acompanhadas até 180 dias após a imunização. De acordo com os autores, os desmaios não foram uma surpresa, já que injeções em geral costumam ser relacionadas a eventos como esse. Além disso, as infecções da pele provavelmente foram resultado de reações no local da aplicação da vacina. “As nossas descobertas comprovam a segurança geral da vacina tetravalente contra o HPV entre as mulheres”, diz Nicola Klein, que coordenou o trabalho.
Saiba mais
*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.