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Enfermeira com ebola nos EUA recebe sangue de sobrevivente

Kent Brandly, médico americano que se curou da doença, doou plasma com anticorpos para Nina Pham, contaminada após cuidar de liberiano. Inglaterra começa a triar passageiros que chegam ao país com suspeita do vírus

Por Da Redação
14 out 2014, 10h27

A enfermeira americana Nina Pham contaminada pelo ebola em Dallas, nos Estados Unidos, recebeu uma transfusão do médico Kent Brantly, o primeiro paciente tratado no país. No fim da segunda-feira, a enfermeira recebeu o plasma do sangue de Brantly, contendo os anticorpos para o vírus. O americano se curou da doença, após ser infectado com o vírus na Libéria.

Pham, de 26 anos, fazia parte da equipe que atendeu Thomas Eric Duncan, o liberiano infectado por ebola que morreu na última quarta-feira no Hospital Presbiteriano de Dallas. Ela foi internada no hospital na sexta-feira com alguns sintomas e, no domingo, os testes confirmaram que estava com a doença. É o primeiro caso de transmissão nos Estados Unidos.

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​Brantly foi tratado com o medicamento experimental ZMapp e superou a doença. Ele doou seu sangue também para o médico Rick Sacra, contaminado na Libéria e que também se curou do vírus, e para o cinegrafista Ashoka Mukpo, que está isolado em um hospital de Nebraska.

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Aeroportos – Nesta terça-feira, a Inglaterra começou a triar passageiros vindos da África no aeroporto Heathrow, em Londres. Todos que chegarem dos países africanos atingidos pela epidemia terão que responder a um questionário, medir a temperatura e deixar seus contatos. Os suspeitos de terem a doença serão levados a um hospital. Na próxima semana, outros aeroportos do país adotarão as mesmas medidas. Em setembro, cerca de 1.000 passageiros chegaram ao país vindo dos países africanos afetados pelo ebola.

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Nos Estados Unidos, a mesma medida começou a ser adotada na semana passada, desde que o primeiro paciente com ebola morreu no país, na última terça-feira. Aeroportos americanos como o JFK já triam os passageiros vindos de países como Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Novos casos – O presidente americano, Barack Obama, em conversa com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que é necessário um esforço internacional mais intenso ao combate à epidemia na África. Os dois líderes pediram “compromissos mais robustos e o rápido envio de assistência por parte da comunidade internacional”, informou a Casa Branca em um comunicado. “Ambos concordam que, em vista da ameaça que o Ebola representa, neste momento crucial, membros da comunidade internacional devem redobrar sua determinação e compromisso.”

Tom Frieden, diretor do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), afirmou que existe a possibilidade de haver mais casos de contaminação de ebola no país, principalmente vindas dos profissionais de saúde que cuidaram de Duncan. Ele também disse que os Estados Unidos devem repensar a sua abordagem para o controle de contaminação pelo vírus ebola, considerando dar mais treinamento aos funcionários de saúde.

Crise – A atual epidemia de ebola já é a maior da história. Até então, o maior surto da infecção havia acontecido em 1976, quando o vírus foi descoberto e foram registradas 431 mortes. Desde março deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já totalizou dez vezes mais óbitos. Segundo o órgão, 4 447 pessoas da Guiné, Libéria e Serra Leoa entre as 8 914 infectadas morreram nesse período. Com isso, a taxa de mortalidade de ebola na atual epidemia chega a 50%. De acordo com a OMS, a número de casos deve superar os 9 000 nesta semana.

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