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Endurecimento das artérias pode ser o culpado por declínio cognitivo em idosos

Artérias enrijecidas aumentam a pressão do sangue que chega ao cérebro e podem provocar pequenas hemorragias no órgão

Por Da Redação
30 Maio 2013, 12h01

Uma nova pesquisa australiana sugere que o declínio cognitivo, que acontece naturalmente conforme envelhecemos, se deve a microssangramentos no cérebro – causados pelo enrijecimento das artérias e, principalmente, pelo aumento da pressão sanguínea no cérebro. Os autores desse estudo, que foi desenvolvido na Universidade de Tecnologia Swinburne, Austrália, acreditam que esse achado poderá ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos contra lapsos de memória e dificuldade de raciocínio entre idosos.

Em entrevista à revista Science, Matthew Pase, coordenador da pesquisa, afirma que essa não é a primeira vez que sangramentos muito pequenos no cérebro são apontados como possíveis culpados pelo declínio cognitivo em idosos. Ele explica que é comum que exames de neuroimagem mostrem que o cérebro de pessoas mais velhas é “salpicado” por manchas escuras. Essas manchas ocorrem em zonas de tecidos mortos criados por vasos sanguíneos que estouraram ou entupiram. Não se sabia, porém, o tamanho da importância desses pequenos sangramentos sobre a cognição, e nem as suas reais causas.

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Embora o cérebro corresponda a apenas 2% do peso corporal, ele recebe 15% de toda a energia do coração e consome 20% de todo o oxigênio do corpo. O órgão, em vez de ser alimentando com pulsos, deve ser nutrido de forma suave e constante – e, por isso, a artéria aorta “suaviza” a pressão sanguínea antes de o sangue chegar ao cérebro. Porém, conforme as pessoas envelhecem, a aorta endurece, a pressão sanguínea no cérebro aumenta e, assim, o risco de os vasos estourarem e causarem hemorragia se torna mais elevado.

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Influência da pressão – Considerando esse quadro, Pase e sua equipe decidiram estudar se a hipertensão e o enrijecimento da aorta estão relacionados ao declínio cognitivo. Para isso, os pesquisadores avaliaram 493 pessoas de 20 a 82 anos. Os participantes tiveram sua pressão arterial medida, a artéria aorta analisada e foram submetidos a testes de habilidades cognitivas.

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Os resultados dessa análise foram divulgados na última semana durante o encontro anual da Associação para Ciências Psicológicas, em Washington. De acordo com as conclusões apresentadas, pressão alta e rigidez da aorta foram fatores capazes de prever piores resultados nos testes cognitivos. Segundo os pesquisadores, para que as conclusões sejam definitivas, essa mesma experiência deverá ser repetida nos participantes do estudo mais vezes ao longo de vários anos.

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