Em dez anos, casos de tétano diminuem 44% no Brasil
Dados do Ministério da Saúde mostram que a redução mais expressiva, de 85%, ocorreu entre os recém-nascidos
O número de novos casos de tétano diminuiu 44% nos últimos dez anos no Brasil, informou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde. Em 2001, 578 pessoas foram atingidas pela doença, enquanto em 2011 esse número caiu para 327. A maior queda, que foi de 85%, ocorreu entre os recém-nascidos. Esses dados fazem parte da publicação Saúde Brasil, apresentada durante a 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi).
Para o ministério, essa redução se deve à vacinação de rotina contra a doença, especialmente entre os chamados grupos de risco – agricultores, trabalhadores da construção civil e aposentados, que são aqueles que apresentam um maior risco de se ferir com objetos de metal (confira o calendário de vacinação de 2012). Segundo o estudo, a imunização contra o tétano entre as gestantes, embora tenha crescido de 1993 a 2011, foi somente de 54% em 2011 – um número ainda insatisfatório, segundo o ministério.
A doença – O tétano é uma doença infecciosa não contagiosa que é provocada pela bactéria Clostridium tetani. O microrganismo pode ser encontrado em metais enferrujados, nas fezes, na terra, em galhos e arbustos, em água contaminada, na poeira da rua e, até mesmo, na pele. Embora não seja contagiosa, a condição pode ser transmitida pelo contato com ferimentos na pele ou nas mucosas, como boca e região genital. A contaminação em recém-nascidos, por sua vez, acontece por falta de higiene no o cordão umbilical dos recém-nascidos. Os primeiros sintomas da doença são espasmos e contração muscular, rigidez na nuca e no abdômen, dores no corpo e febre baixa ou insistente. O Ministério da Saúde estima que três em cada dez pessoas que contraem a doença morram por ano.