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‘Efeito Google’ reduz a memória, diz estudo

Segundo pesquisa, os computadores e os motores de busca online se transformaram em uma espécie de sistema de "memória externa"

Por Da Redação
14 jul 2011, 22h00

Os motores de busca como Google e as bases de dados na internet se transformaram em uma espécie de “memória externa” do nosso cérebro, indica um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista científica Science. De acordo com a descoberta, as pessoas perdem a memória retentiva de dados, mas ganham habilidades de procura.

Segundo Betsy Sparrow, professora da Universidade de Columbia, em Nova York, e autora do estudo, os educadores e cientistas já advertiam que o homem está se tornando cada vez mais dependente das informações online. Até agora, porém, poucos estudos confirmavam essa relação.

O estudo Google Effects on Memory: Cognitive Consequences of Having Information at Our Fingertips sugere que a população começou a usar a internet como seu banco pessoal de dados. Para chegar aos resultados, foram realizados experimentos com mais de 100 estudantes de Harvard para examinar a relação entre a memória humana, a retentiva de dados e a internet.

Os pesquisadores descobriram que, se os estudantes sabiam que as informações poderiam estar disponíveis em outro momento ou que poderiam voltar a buscá-la com a mesma facilidade, não lembravam tão bem a resposta como quando achavam que os dados não estariam disponíveis.

O estudo mostrou ainda que as pessoas não lembram necessariamente como obtiveram certas informações. No entanto, tendem a lembrar onde encontraram os dados que precisam quando não são capazes de lembrar exatamente as informações. Além disso, a equipe descobriu que, quando os participantes não sabiam dar respostas às perguntas, automaticamente pensavam em seu computador como o lugar para encontrar as informações necessárias.

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Inspiração – Foi justamente uma experiência pessoal de Sparrow que a levou a analisar os hábitos de estudo e aprendizado das novas gerações. Ela percebeu que recorria com frequência à base de dados de cinema IMDB (The Internet Movie Database) para lembrar o nome de alguns atores.

Sparrow diz que não ficou surpresa ao constatar que cada vez mais pessoas não memorizam dados porque confiam que podem consegui-los com suas habilidades de busca. “Somos realmente eficientes”, destaca.

Sparrow menciona o doutor em Psicologia Daniel Wegner e professor Universidade de Harvard, que há 30 anos já havia elaborado a teoria da “memória transacional”, referente à capacidade de dividir o trabalho de lembrar certo tipo de informações compartilhadas.

Como exemplo, ele apontava um casal em que o marido confia que a esposa lembre datas importantes, como consultas médicas, enquanto ela confia que ele lembre nomes de parentes distantes. Assim, ambos não duplicam informações nem “ocupam” memória.

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Saiba o que fazer para ter uma memória boa:

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

(Com agência EFE)

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