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Crianças expostas à violência envelhecem mais rápido, diz estudo

Pesquisadores observaram que situações como agressão física aceleram desgaste do DNA que só deveria ocorrer com o envelhecimento natural

Por Da Redação
24 abr 2012, 16h58

Uma criança que foi exposta a algum tipo de violência pode apresentar um desgaste em seu DNA semelhante ao naturalmente observado entre pessoas mais velhas. Elas, portanto, têm uma idade biológica maior do que a dos outros jovens. Essa é a conclusão de um estudo feito por pesquisadores do Instituto para Ciência e Política de Genoma da Universidade de Duke, nos Estados Unidos e publicado nesta terça-feira no periódico Molecular Psychiatry.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Exposure to violence during childhood is associated with telomere erosion from 5 to 10 years of age: a longitudinal study

Onde foi divulgada: revista Molecular Psychiatry

Quem fez: I. Shalev, T. E. Moffitt, K. Sugden, B. Williams, R. M. Houts, A. Danese, J. Mill, L. Arseneault e A. Caspi

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Instituição: Universidade de Duke, EUA

Dados de amostragem: amostras de DNA de 236 crianças quando elas tinham entre cinco e dez anos de idade

Resultado: Os pesquisadores observaram que as crianças que haviam sido expostas a algum tipo de violência tiveram, dos cinco aos dez anos de idade, um encurtamento do telômero mais rápido do que aquelas que não haviam passado por isso.

Os pesquisadores analisaram amostras de DNA de 236 crianças quando elas tinham de cinco a dez anos de idade. Parte delas havia sido exposta a algum tipo de violência, como a doméstica (brigas entre mãe e seu parceiro, por exemplo) ou sofrido maus tratos físicos por um adulto. As mães das crianças foram entrevistadas quando seus filhos tinham cinco, sete e dez anos.

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Os autores do estudo observaram os telômeros de cada criança. Essa estrutura (telômero) corresponde à extremidade do cromossomo e contém material genético. Sempre que um cromossomo é replicado para a divisão celular, os telômeros encurtam. Esse encurtamento tem sido visto por diversos cientistas como um marcador biológico do envelhecimento, o relógio que marca a duração da vida de uma pessoa e sua condição de saúde.

Leia também:

Telômeros podem realmente prever sua longevidade?

Os pesquisadores observaram que as crianças que haviam sido expostas a algum tipo de violência tiveram, dos cinco aos dez anos de idade, um encurtamento do telômero mais rápido do que aquelas que não haviam passado por uma experiência como essa. O estudo ainda indicou que os jovens que sofreram mais do que um tipo de violência foram aqueles cujo telômero diminuiu mais rapidamente.

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No entanto, a equipe não conseguiu determinar se esse quadro é irreversível. Os pesquisadores pretendem realizar novos estudos que acompanhem as crianças durante mais tempo para entenderem as consequências da violência na saúde a longo prazo.

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